*Preciso de um Resumo desse texto*
Todo dia 13 de maio é “celebrado” no Brasil o dia da abolição da escravatura. Nesse ano, o marco chegou a 132 anos de existência, mas, ao contrário do que parece à primeira vista, não há motivos para comemoração.
Em verdade, precisamos aproveitar a data para desmistificar a maior fake news da nossa história. Obviamente, como uma das maiores mentiras já contadas em nosso país, trata-se de uma grande composição de atos estatais que, no decurso do tempo, fizeram-se parecer benéficos, mas que, na realidade, utilizando o ideal de liberdade como cortina de fumaça, realizaram atos de extrema violência cujos efeitos são sentidos até hoje.
Você acha justo uma mulher estuprada por anos, até décadas, carregar o sobrenome, as cicatrizes psicológicas e frutos materiais de quem a estuprou? Pois é essa analogia cruel que muitos historiadores e sociólogas utilizam para falar da crueldade do escravismo brasileiro e sua continuidade com outros nomes hoje em dia.
A lembrança datada em 13 de maio, uma ação dos escravocratas brasileiros para impedir o avanço das organizações negras que se movimentavam organizando negras e negros, é uma lembrança repudiada por todas as pessoas que tem o mínimo de consciência negra, letramento racial e leitura antirracista.
Esse conteúdo é para essas pessoas e também para as herdeiras dos frutos materiais de séculos de escravismo.
Escravismo aceito pelo poder público, igrejas, grande mídia e tantas estruturas sociais e econômicas da época. E sim, estou falando dos sobrenomes que hoje dominam a política e economia brasileira herdeiras desses séculos de sangue, suor, saúde, tempo e energia negra. Vida negra.
Nada novo sobre o saber que o Brasil nunca teve projeto de país para gente negra, pobre, que é a maioria populacional. No sul da Bahia, é o mesmo cenário. O único projeto existente é o de um país das desigualdades por que beneficia minorias herdeiras do escravismo sul baiano brasileiro.
É importante rememorar que o sul da Bahia é historicamente o berço de inúmeras revoltas e rebeliões que estavam espalhadas pelo Brasil colocando na mão da população negra brasileira os rumos do país. Esses levantes são os reais motivos da existência da lei áurea sancionada pelo poder escravocrata brasileiro em 13 de maio de 1888. Lei essa que foi seguida de dezenas de outros decretos para impedir que essa população negra tivesse direitos e acesso a direitos como sua própria organização política, moradia, terra, educação e dignidade. A população negra antes usada como mercadoria e principal fonte de mão de obra para construir esse país, após treze de maio continua a ser vista como problema do estado brasileiro que permanece negando direitos e acesso a serviços de emancipação.
A abolição sim é uma grande farsa que se reflete no sul da Bahia na atual existência de municípios construídos com o suor negro, com sua maioria populacional de pessoas mergulhadas na pobreza e desigualdade sociais, econômicas e políticas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Nesse ano, o marco chegou a 132 anos de existência, mas, ao contrário do que parece à primeira vista, não há motivos para comemoração. Em verdade, precisamos aproveitar a data para desmistificar a maior fake news da nossa história. Pois é essa analogia cruel que muitos historiadores e sociólogas utilizam para falar da crueldade do escravismo brasileiro e sua continuidade com outros nomes hoje em dia. A lembrança datada em 13 de maio, uma ação dos escravocratas brasileiros para impedir o avanço das organizações negras que se movimentavam organizando negras e negros, é uma lembrança repudiada por todas as pessoas que tem o mínimo de consciência negra, letramento racial e leitura antirracista.
Esse conteúdo é para essas pessoas e também para as herdeiras dos frutos materiais de séculos de escravismo. Nada novo sobre o saber que o Brasil nunca teve projeto de país para gente negra, pobre, que é a maioria populacional. Lei essa que foi seguida de dezenas de outros decretos para impedir que essa população negra tivesse direitos e acesso a direitos como sua própria organização política, moradia, terra, educação e dignidade. A população negra antes usada como mercadoria e principal fonte de mão de obra para construir esse país, após treze de maio continua a ser vista como problema do estado brasileiro que permanece negando direitos e acesso a serviços de emancipação.