PRECISO DE UM POEMA PARNASIANO URGENTE PF!! É PRA UM TRABALHO DE ESCOLA QUE VALE NOTA
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Resposta:
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármore luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
2. Raimundo Correia (1859-1911)
Raimundo Correia iniciou a trajetória de autor enquadrado na escola do Romantismo, com o livro "Primeiros Sonhos", publicado em 1879. A obra demonstra clara influência do estilo de Gonçalves Dias, passeando até Castro Alves.
Poesia Parnasiana
Raimundo Corrêa integrava a Tríade Parnasiana
O autor assume o Parnasianismo a partir do livro "Sinfonias", publicado em 1883.
Sua temática é a da moda da época: a natureza, a perfeição formal dos objetos, a cultura clássica; merece destaque apenas sua poesia filosófica, de meditação, marcada pela desilusão e por um forte pessimismo.
Há de se destacar, também a força lírica de Raimundo Correia, principalmente ao cantar a natureza quando atinge belos versos impressionistas.
As Pombas
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
3. Olavo Bilac (1865-1918)
Olavo Bilac é o único dos autores da Tríade Parnasiana a iniciar os trabalhos assumindo de maneira integral a estética da escola literária. Procurou, desde o início de seu trabalho a perfeição formal tão característica do movimento.
Bilac era conhecido como Príncipe dos Poetas
Bilac escrevia versos perfeitamente metrificados. Para Bilac, o poeta deve trabalhar a poesia pacientemente - como se fosse um monge beneditino - do mesmo modo que um ourives trabalha uma joia, buscando o relevo, a perfeição formal, servindo a Deusa Forma.
O autor lança mão de uma linguagem elaborada. É comum se valer de constantes inversões da estrutura gramatical, da busca um efeito poético mais rico para os padrões parnasianos.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito.
Assim procedo. Minha pena
Segue essa norma.
Por te servir, Deusa Serena,
Serena Forma.
Explicação:
Espero ajudar >3
Entra-me o peito, como um largo rio
De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando
O ermo de um bosque tenebroso e frio.
Fala-me! Em grupos doudejantes, quando
Falas, por noites cálidas de estio,
As estrelas acendem-se, radiando,
Altas, semeadas pelo céu sombrio.