Português, perguntado por diegorodrigues10000, 8 meses atrás

preciso de um poema de se sentindo apoixonado


diegorodrigues10000: me ajudem criar um poema povor

Soluções para a tarefa

Respondido por margarethealves
1

Aqui vai um poema:

"Eu estou apaixonado,

Eu estou contando tudo

E não estou nem ligando pro que vão dizer.

Amar não é pecado

E se eu tiver errado,

Que se dane o mundo,

Eu só quero você."

espero ter ajudado❤


diegorodrigues10000: preciso um desconhecido
Respondido por luisneto123
0

Resposta:

Amor é fogo que arde sem se ver

(Luís Vaz de Camões)

Amor é um fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se e contente;

É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Cantiga para não morrer

(Ferreira Gullar)

Quando você for se embora,

moça branca como a neve,

me leve.

Se acaso você não possa

me carregar pela mão,

menina branca de neve,

me leve no coração.

Se no coração não possa

por acaso me levar,

moça de sonho e de neve,

me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa

por tanta coisa que leve

já viva em seu pensamento,

menina branca de neve,

me leve no esquecimento.

Casamento

(Adélia Prado)

Há mulheres que dizem:

Meu marido, se quiser pescar, pesque,

mas que limpe os peixes.

Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,

ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.

É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,

de vez em quando os cotovelos se esbarram,

ele fala coisas como ‘este foi difícil’

‘prateou no ar dando rabanadas’

e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

atravessa a cozinha como um rio profundo.

Por fim, os peixes na travessa,

vamos dormir.

Coisas prateadas espocam:

somos noivo e noiva.

Soneto LXVI

(Pablo Neruda)

Não te quero senão porque te quero

e de querer-te a não querer-te chego

e de esperar-te quando não te espero

passa meu coração do frio ao fogo.

Quero-te apenas porque a ti eu quero,

a ti odeio sem fim e, odiando-te, te suplico,

e a medida do meu amor viajante

é não ver-te e amar-te como um cego.

Consumirá talvez a luz de Janeiro,

o seu raio cruel, meu coração inteiro,

roubando-me a chave do sossego.

Nesta história apenas eu morro

e morrerei de amor porque te quero,

porque te quero, amor, a sangue e fogo.

Amar e ser amado

(Castro Alves)

Amar e ser amado! Com que anelo

Com quanto ardor este adorado sonho

Acalentei em meu delírio ardente

Por essas doces noites de desvelo!

Ser amado por ti, o teu alento

A bafejar-me a abrasadora frente!

Em teus olhos mirar meu pensamento,

Sentir em mim tu’alma, ter só vida

P’ra tão puro e celeste sentimento:

Ver nossas vidas quais dois mansos rios,

Juntos, juntos perderem-se no oceano —,

Beijar teus dedos em delírio insano

Nossas almas unidas, nosso alento,

Confundido também, amante — amado —

Como um anjo feliz… que pensamento!

Adultos

(Vladímir Maiakóvski)

Os adultos fazem negócios.

Têm rublos nos bolsos.

Quer amor? Pois não!

Ei-lo por cem rublos!

E eu, sem casa e sem teto,

com as mãos metidas nos bolsos rasgados,

vagava assombrado.

À noite

vestis os melhores trajes

e ides descansar sobre viúvas ou casadas.

A mim

Moscou me sufocava de abraços

com seus infinitos anéis de praças.

Nos corações, nos relógios

bate o pêndulo dos amantes.

Como se exaltam as duplas no leito do amor!

Eu, que sou a Praça da Paixão,

surpreendo o pulsar selvagem

do coração das capitais.

Desabotoado, o coração quase de fora,

abria-me ao sol e aos jatos de água.

Entrai com vossas paixões!

Galgai-me com vossos amores!

Doravante não sou mais dono de meu coração!

Nos demais — eu sei,

qualquer um o sabe —

O coração tem domicílio

no peito.

Comigo a anatomia ficou louca.

Sou todo coração —

em todas as partes palpita.

Oh! Quantas são as primaveras

em vinte anos acesas nesta fornalha!

Uma tal carga

acumulada

torna-se simplesmente insuportável.

Insuportável

não para o verso

de veras.

Soneto da fidelidade

(Vinicius de Moraes)

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

Explicação:

beixos

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