Preciso de um cordel sobre o feminismo galera, por favor, eh urgente
Soluções para a tarefa
Eu não consigo entender
Essa tal filosofia
Que me impede de fazer
Aquilo que eu pretendia
Que me chama de bandida,
Que me deixa oprimida,
Que me nega autonomia.
–
Sou uma mulher muito forte
Vivo a vida dirigindo
E assuntos de toda sorte,
Estou sempre decidindo.
Só que quando é sobre mim,
Sobre meu corpo e meu fim
Há o mundo me impedindo.
–
Eu custei a entender
Que a liberdade é negada
A toda e qualquer mulher
Que não quer ser sujeitada
Que abre a boca e grita
Que ‘nunca será bandida’
Por uma decisão tomada.
–
Já fui criminalizada
Tive a face apedrejada
Só por tentar exercer
O direito que penso ter
De cessar minha gravidez
De modo seguro e cortês
Sem ser presa nem morrer.
–
Mas não há cidadania
Há apenas sujeição
Pra aquela que contraria
Moral e religião
É como se a biologia
Fosse a ideologia
Que embasa a Criação.
–
Minhas companheiras morreram
Em abortos clandestinos
E se não tivessem partido
Quais seriam seus destinos?
A morte de coração
Dentro de qualquer prisão
Por julgamentos divinos.
–
Nós, mulheres, precisamos
Pensar coletivamente
Que a guerra que enfrentamos
No passado e no presente
É o quadro cultural
Machista e patriarcal
Que ainda é evidente
–
Quero poder decidir
Sobre minha vida e meu corpo
Ter liberdade de agir
De optar pelo aborto
De modo decente e seguro
Sem estar em cima do muro
E sem ver o meu corpo morto.
–
Exijo dignidade
Poder ter cidadania
Tendo a possibilidade
De uma existência sadia
Mas me pergunto, num canto,
Por que incomoda tanto
A nossa autonomia?
Caras amigas, e amigos
Hoje venho apresentar
Fatos e feitos históricos
De gente bem singular
Nos dão lições de bravura
São exemplos de figura
Do mais alto patamar
Eu quero homenagear
As mulheres da história
Que nos servem como guia
Pela sua trajetória
Heroínas femininas
Provam que qualquer menina
Pode ser forte e notória
Tiro logo da memória
Uma brava sertaneja
Que foi Maria Bonita
Que viveu sua peleja
Ao lado de Lampião
Do Cangaço, no Sertão
Lembrada onde quer que seja
Uma moça benfazeja
Joana D’arc, a guerreira
Liderou enorme exército
Da França honrou a bandeira
Mas ao cessar a batalha
Sofreu a justiça falha:
Foi queimada na fogueira
Dandara foi prisioneira
Durante a escravidão
Lutou pelo povo negro
Buscando a libertação
Zumbi foi seu companheiro
O Quilombo o seu Terreiro
De Fé e Revolução
Merece nossa atenção
A Rainha, poderosa
Que foi Cleópatra do Egito
Do deserto a mais famosa
Soberana inteligente
Que governou sua gente
De maneira audaciosa
Com uma voz melodiosa
Balangandãs a valer
Carmem Miranda é pra sempre!
Impossível de esquecer!
Se no rádio ela cantava
Quem ouvia, balançava
Sem parar de remexer!
Ainda vale dizer
Sobre a artista persistente
Frida Kahlo, a mexicana
Que até hoje encanta a gente
Por seu legado em Pintura
Por ser uma criatura
De alma livre e irreverente!
Malala pediu somente
Que a deixassem estudar
Que deixassem as meninas
Serem livres pra sonhar
Mas no seu país então
A resposta foi um NÃO
E ela decidiu lutar...
E assim pôde conquistar
O Prêmio Nobel da Paz
A mais jovem ativista
Que até hoje foi capaz
De vencer, por ser tão forte
Ela que enfrentou a morte
E a tirania voraz
Eu não seria capaz
De encerrar essa listagem
De mulheres exemplares
Cheias de fibra e coragem
Elegi representantes
Pra mim significantes
E aqui fica esta mensagem:
Podemos ser personagem
Principal de uma mudança!
Você que é menina hoje
Pode virar liderança
O lugar de uma Mulher
É o lugar que ela quiser
Guarde isso na lembrança!