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A APARIÇÃO DO NAVIO
Robert Bruce nasceu na aldeia do Torbay, no Sul da Inglaterra, filho de pais pobres, mas avós fidalgos. Dedicou-se à vida marítima. Passa-se, o que se segue, em 1828. Tinha ele, então, trinta anos. Era piloto do um grande navio mercante, que viajava entre Liverpool e St. John, em New-Brunswick, na América.
Em caminho para o leste, perto de Newfoundland, já com quase seis semanas de navegação, o piloto e o comandante estavam, ao meio-dia, observando a altura, e desceram juntos para calcular a distância percorrida nas últimas 24 horas. Numa repartição da popa estava o gabinete do piloto e, perto da porta da cabine estava o piloto, junto a uma mesa, mergulhado em seus cálculos.
Não prestou atenção ao comandante,Por isso, disse ele, em alta voz, mas sem olhar:
— Pelo que calculo, a distância é esta. Estará correta?
Ninguém respondeu. Perguntou de novo o olhou pela porta. Julgou ver o comandante sentado, junto a uma mesa, e escrevendo na lousa. Mas, no entanto, ainda não obtivera resposta.
Levantou-se, foi à porta, e, então, o que estava na saleta levantou a cabeça e encarou o piloto. Era um homem a quem nunca vira!
Bruce não era nenhum medroso; mas o desconhecido encarava-o calado, e o piloto ficou certíssimo de quo jamais tinha visto aquele homem. Apoderou-se dele, então, tal pânico, que não pôde se conter.
—Bruce! — disse este. —Que tem, homem?
—O que tenho? Quem é que está sentado na saleta, junto à sua mesa?
— Ninguém, que ou saiba.
— Pois um desconhecido lá está, sem dúvida alguma.
— Um desconhecido?Bruce. Provavelmente ora o segundo piloto. Quem mais entraria lá sem ordem?
— Mas quem é aquele que estava sentado à sua cadeira, voltava a cara para a porta, e escrevia na sua lousa? Além disso, ele olhou bem para mim, e eu nunca em minha vida encarei melhor homem algum!
— Aquele? Quem, pois?
— Sabe Deus quem. Eu não sei quem é. Vi um homem a quem nunca tinha visto.
— Está louco, Bruce!E nós que estamos em alto mar há mais de cinco semanas!
— Bem o sei, capitão. Mas, ainda assim, eu o vi.
— Pois vá, então. Vá ver quem é.
O piloto hesitava.
—Até hoje — disse —, não tenho acreditado em almas do outro mundo, mas, se devo dizer-lhe a verdade, não me animo bem a entrar lá sozinho.
— Que loucura! Vá imediatamente, para que não sirva do caçoada a toda a tripulação.
Bruce mudava de cores.
— Espero, capitão que concorde em que, até hoje, não tenho sido desobediente. Mas, se não o contrariasse, eu lhe pediria que fôssemos juntos.
Foi, então, o capitão e o piloto o seguiu.
Ninguém estava na saleta, nem no gabinete.
— Eis aí, Bruce. Não lhe disse que você estava com a razão perturbada?
— É fácil falar assim, capitão. Que eu tenha pouca esperança de retornar à pátria se não digo a verdade! Vi um homem sentado junto à mesa, escrevendo na sua lousa.
— Escrevendo na pedra! Então, devemos ver o que ele escreveu — disse o comandante, tomando a lousa.
—Meu Deus, o que é isto?! Não foi você, Bruce, que escreveu?
O piloto tomou a pedra o olhou. Lá estavam escritas, com clareza, estas palavras:
“Rumem para o noroeste.”
—Está zombando de mim? — disse o capitão, zangando-se.
— Sabe Aquele que tudo sabe — disse o piloto — que eu não sei a razão de tudo isto mais que o senhor, capitão. Disse-lhe apenas o que aconteceu.
O capitão sentou-se com lousa na mão, junto à mesa, e ficou pensativo. Por fim, virou a lousa e a apresentou ao piloto, dizendo, com mau humor:
— Escreva: “Rumem para o noroeste”!
O piloto obedeceu.
O capitão examinou com cuidado a letra de um e outro lado da lousa. Em seguida, mandou chamar o segundo piloto, para fazer o mesmo; enfim, toda a tripulação. Mas, entre essas diversas escritas, nenhuma se parecia, absolutamente, com a letra do lado inverso.
Depois que todos se haviam retirado, o capitão ficou outra vez pensativo e, por fim exclamou:
—Será possível que alguém tenha podido esconder-se, por tanto tempo, neste navio, sem ser descoberto? É preciso revistar todos os cantos do navio.
A ordem foi dada e fez-se a revista com o máximo cuidado e curiosidade. Mas não se encontrou criatura viva, além da própria tripulação.
— Eis aí, Bruce, O que diz disto?
— Eu não sei, capitão.
— Assim parece!... O vento é favorável. Estou com vontade de seguir para noroeste e ver o que acontece.
— Em seu lugar, eu faria o mesmo. Seja o que for que suceda, não há outro inconveniente, além de poucas horas de atraso.
— Pois bem, experimentemos. Diga ao homem do leme que dirija para noroeste.
E, acrescentou, quando o piloto se levantou:
— Mande um homem ficar de observação, alguém de confiança, no cesto de gávea.
Assim se fez.