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Filosofia na Idade Média
Filosofia Medieval é a filosofia que se desenvolveu na Europa durante a Idade Média, entre os séculos VIII ao XIV. Foi marcada por grande influência da igreja católica. Sua principal questão debatida pelos filósofos era a relação entre a fé e a razão. Para os filósofos cristãos da Idade Média, a filosofia não era a busca da verdade, pois acreditavam que a única verdade vinha de Deus e não do homem.
Podemos dividir a Filosofia medieval em dois grandes períodos:
A Filosofia Patrística e a Escolástica. A Patrística retorna à filosofia platônica, derivada da filosofia idealista de Platão. Tinha como um de seus principais objetivos a busca da razão para justificar a fé cristã, e Santo Agostinho como principal filósofo. Na Escolástica, escolas e universidades foram fundadas para que a filosofia fosse lecionada, e permaneceu até o fim da Idade Média. São Tomás de Aquino é seu maior símbolo, teve seus estudos intitulados como Tomismo. Espelhava-se no realismo de Aristóteles.
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Resposta:
Com a dissolução do Império romano, as invasões bárbaras e o desaparecimento das instituições, os centros de difusão cultural também se desagregaram. Os chamados "pais da igreja" foram os primeiro filósofos a defender a fé cristã nos primeiros séculos, até aproximadamente o século 8.
Os padres da igreja foram os filósofos que, nesse período, tentaram conciliar a herança clássica greco-romana, com o pensamento cristão. Essa corrente filosófica é conhecida como patrística. A filosofia patrística começa com as epístolas de São Paulo e o evangelho de São João. Essa doutrina tinha também um propósito evangelizador: converter os pagãos à nova religião cristã.
Surgiram ideias e conceitos novos, como os de criação do mundo, pecado original, trindade de Deus, juízo final e ressurreição dos mortos. As questões teológicas, relativas às relações entre fé e razão, ocuparam as reflexões dos principais pensadores da filosofia cristã.
Santo Agostinho e a interioridade
Santo Agostinho (354-430) foi o primeiro grande filósofo cristão. Uma de suas principais formulações foi a ideia de interioridade, isto é, de uma dimensão humana dotada de consciência moral e livre arbítrio.
As ideias filosóficas tornam-se verdades reveladas (reveladas por Deus, através da Bíblia e dos santos) e inquestionáveis. Tornaram-se dogmas. A partir da formulação das ideias da filosofia cristã, abre-se a perspectiva de uma distinção entre verdades reveladas e verdades humanas. Surge a distinção entre a fé e a razão.
O conhecimento recebido de Deus torna-se superior ao conhecimento racional. Em decorrência desta própria dicotomia, surge a discussão em torno da possibilidade de conciliação entre fé e razão.
Escolástica e Tomas de Aquino
A partir do século 12, a filosofia medieval é conhecida como escolástica. Surgem as universidades e os centros de ensino e o conhecimento é guardado e transmitido de forma sistemática. Platão e Aristóteles, os grandes pensadores da Antiguidade, também foram as principais influências da filosofia escolástica. Nesse período, a filosofia cristã alcançou um notável desenvolvimento. Criou-se uma teologia, preocupada em provar a existência de Deus e da alma.
O método da escolástica é o método da disputa. A disputa consiste na apresentação de uma tese, que pode ser defendida ou refutada por argumentos. Trata-se de um pensamento subordinado a um princípio de autoridade (os argumentos podem ser tirados dos antigos, como Platão e Aristóteles, dos padres da igreja ou dos homens da igreja, como os papas e os santos).
O filósofo mais importante desse período é São Tomás de Aquino, que produziu uma obra monumental, a "Suma Teológica", elaborando os princípios da teologia cristã.