Português, perguntado por sumaiachaaba, 1 ano atrás

PRECISO DE 12 POEMAS DO SEC 21; AMOR REALIZADO,AMOR NÃO CORRESPONDIDO, JUVENTUDE,MULHER MORTE,LIBERDADE, PATRIA,DEUS E RELIGIÃO,INFANCIA,POESIA,INDIO,EU.

Soluções para a tarefa

Respondido por flaviacarolina11
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Teu nome foi um sonho do passado; 
Foi um murmurio eterno em meus ouvidos; 
Foi som de uma harpa que embalou-me a vida; 
Foi um sorriso d'alma entre gemidos! 

Teu nome foi um echo de soluços, 
Entre as minhas canções, entre os meus prantos; 
Foi tudo que eu amei, que eu resumia, 
Dores, prazer, ventura, amor, encantos! 

Escrevi-o nos troncos do arvoredo, 
Nas alvas praias onde bate o mar; 
Das estrellas fiz letras, soletrei-o 
Por noite bella ao morbido luar luar! 

Escrevi-o nos prados verdejantes 
Com as folhas da rosa ou da açucena! 
Oh! quantas vezes n'aza perfumada 
Correu das brisas em manhan serena?! 

Mas na estrella morreu, cahio nos troncos, 
Nas praias se apagou, murchou nas flores; 
Só guardada ficou-me aqui no peito 
- Saudade ou maldição dos teus amores. 

JOSÉ BONIFÁCIO DEANDRADE E SILVA (O MOÇO) Sobre morte : 
MORRER... DORMIR... 
Mulher... dormir... não mais! Termina a vida, 
E com ela terminam nossas dores; 
Um punhado de terra, algumas flores, 
E, às vezes, uma lágrima fingida! 

Sim! minha morte não será sentida; 
Não deixo amigos, e nem tive amores! 
Ou, se os tive, mostraram-se traidores, 
— Algozes vis de uma alma consumida. 

Tudo é podre no mundo! Que me importa 
Que ele amanhã se esboroe e que desabe, 
Se a natureza para mim é morta! 

É tempo já que o meu exílio acabe... 
Vem, pois, ó Morte ao nada me transporta... 
Morrer... dormir... talvez sonhar... quem sabe? 

Francisco Otaviano 
À MORTE 

Morte, minha Senhora Dona Morte, 
Tão bom que deve ser o teu abraço! 
Lânguido e doce como um doce laço 
E, como uma raiz, sereno e forte. 

Não há mal que não sare ou não conforte 
Tua mão que nos guia passo a passo, 
Em ti, dentro de ti, no teu regaço 
Não há triste destino nem má sorte. 

Dona Morte dos dedos de veludo, 
Fecha-me os olhos que já viram tudo! 
Prende-me as asas que voaram tanto! 

Vim da Moirama, sou filha de rei, 
Má fada me encantou e aqui fiquei 
À tua espera...quebra-me o encanto! 

Florbela Espanca 

sobre religião: 

Amor e Religião 

Conheci-o: era um padre, um desses santos 
Sacerdotes da Fé de crença pura, 
Da sua fala na eternal doçura 
Falava o coração. Quantos, oh! Quantos 

Ouviram dele frases de candura 
Que d'infelizes enxugavam prantos! 
E como alegres não ficaram tantos 
Corações sem prazer e sem ventura! 

No entanto dizem que este padre amara. 
Morrera um dia desvairado, estulto, 
Su'alma livre para o Céu se alara. 

E Deus lhe disse: "És duas vezes santo, 
Pois se da Religião fizeste culto, 
Foste do amor o mártir sacrossanto." 

Augusto dos Anjos 

sobre juventude: 

MOCIDADE 

A mocidade esplêndida, vibrante, 
Ardente, extraordinária, audaciosa, 
Que vê num cardo a folha de uma rosa, 
Na gota de água o brilho dum diamante; 

Essa que fez de mim Judeu Errante 
Do espírito, a torrente caudalosa, 
Dos vendavais irmã tempestuosa, 
-- Trago-a em mim vermelha, triunfante! 

No meu sangue rubis correm dispersos: 
-- Chamas subindo ao alto nos meus versos, 
Papoilas nos meus lábios a florir! 

Ama-me doida, estonteadoramente, 
Ó meu Amor! que o coração da gente 
É tão pequeno...e a vida, água a fugir... 

Florbela Espanca 


sobre "eu" 


EU 

Até agora eu não me conhecia. 
Julgava que era Eu e eu não era 
Aquela que em meus versos descrevera 
Tão clara como a fonte e como o dia. 

Mas que eu não era Eu não o sabia 
E, mesmo que o soubesse, não o dissera... 
Olhos fitos em rútila quimera 
Andava atrás de mim...e não me via! 

Andava a procurar-me -- pobre louca! 
E achei o meu olhar no teu olhar, 
E a minha boca sobre a tua boca! 

E esta ânsia de viver, que nada acalma, 
É a chama da tua alma a esbrasear 
As apagadas cinzas da minha alma! 

Florbela Espanca 

sobre liberdade: 

Fernando Pessoa 
Liberdade 

Ai que prazer 
Não cumprir um dever, 
Ter um livro para ler 
E não fazer ! 
Ler é maçada, 
Estudar é nada. 
Sol doira 
Sem literatura 
O rio corre, bem ou mal, 
Sem edição original. 
E a brisa, essa, 
De tão naturalmente matinal, 
Como o tempo não tem pressa... 
Livros são papéis pintados com tinta. 
Estudar é uma coisa em que está indistinta 
A distinção entre nada e coisa nenhuma. 

Quanto é melhor, quanto há bruma, 
Esperar por D.Sebastião, 
Quer venha ou não ! 

Grande é a poesia, a bondade e as danças... 
Mas o melhor do mundo são as crianças, 
Flores, música, o luar, e o sol, que peca 
Só quando, em vez de criar, seca. 

Mais que isto 
É Jesus Cristo

sumaiachaaba: NOSSA OBRIGADO VALEU QUE DEUS ABENÇOE
flaviacarolina11: De nada <3
sumaiachaaba: OOI O PRIMEIRO POEMA E QUAL
flaviacarolina11: sobre amor não correspondido
sumaiachaaba: ASIM OBRIGADA TA PELA ATENÇAO UM GRANDE ABRAÇO
flaviacarolina11: de nada kkk , abraço ^^
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