Sociologia, perguntado por peixotodanielsp, 9 meses atrás

Pq Israel não aceita refugiados?

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Respondido por alexnuneslobos
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Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afirmou, ontem, que nenhum refugiado palestino vai regressar para o país. A afirmação foi feita horas depois de três palestinos terem atacado um posto de controle de Erez, entre a faixa de Gaza e Israel. Os atiradores mataram quatro soldados israelenses antes de serem mortos. Pouco depois, dois palestinos foram mortos após atacarem soldados israelenses e matarem um deles um em Hebron, no sul da Cisjordânia, elevando a dez o número de mortos no dia devido ao conflito israelo-palestino. Sharon discursou durante uma convenção de seu partido, o Likud, em Jerusalém. “Não permitirei que nenhum refugiado palestino volte a Israel, nunca”, disse. “Fui claro no passado e repeti em Ácaba: a questão dos refugiados palestinos não pode ser resolvida em território israelense.” Na quarta-feira, em Ácaba (Jordânia), Sharon reuniu-se com o primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente norte-americano, George W. Bush, para acertar um plano de paz para o Oriente Médio. A discussão sobre os refugiados foi deixada para a terceira e última etapa do processo, após a criação de um Estado palestino que conviva em paz com o Estado israelense. “O governo norte-americano compreende muito bem a ameaça que representa o regresso dos refugiados para a existência do Estado hebreu”, afirmou Sharon. A questão é um dos principais pontos de divergência entre Abbas e grupos extremistas, como o Hamas. Anteontem, representantes de cinco organizações palestinas decidiram interromper as conversas com o premiê palestino, manter a Intifada armada - resistência à ocupação israelense - e conduzir novos ataques. Ontem, três atiradores palestinos mataram quatro soldados em um posto de controle na faixa de Gaza. O fim da violência condiciona o início do processo de paz, com a retirada de acampamentos judeus dos territórios ocupados. Abbas afirmou que não se encontrará com o Hamas mesmo se o grupo pedir, e o acusou de não estar interessado em fortalecer a unidade nacional do povo palestino.

VIOLÊNCIA - Três palestinos e quatro soldados israelenses morreram, ontem, durante confronto no posto de controle de Erez, entre a faixa de Gaza e Israel. Durante a troca de tiros, pelo menos outros quatro soldados de Israel ficaram feridos, segundo a rádio pública israelense. Os palestinos, vestidos com uniformes do Exército israelense, aproveitaram a densa neblina matinal para se infiltrarem no setor e atacar o posto. Após o ataque, tentaram fugir, mas foram perseguidos por tropas de Israel e mortos. Os feridos israelenses foram levados para o hospital de Ashkelon, ao sul de Tel Aviv.

COMUNICADO - Em comunicado conjunto, os grupos armados palestinos Hamas, Jihad Islâmica e Al Fatah assumiram o atentado. “A operação foi realizada por Mohamed Abu Beid, 21, membro das Brigadas Ezzedin Al Qasam (braço armado do Hamas), Mussa Sjawil, de 22 anos, das Brigadas Al Aqsa (grupo armado vinculado ao Al Fatah do líder palestino Yasser Arafat) e Rami El Bek, de 22 anos, das Brigadas Al Qods (braço armado da Jihad islâmica)”, segundo o texto. De acordo com o comunicado, o ataque foi lançado a partir da localidade de Beit Hanun, no norte da faixa de Gaza, e durou uma hora e meia. O confronto aconteceu numa região não distante da zona industrial de Erez, onde trabalham mais de 10 mil operários palestinos.

APELO - O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, pediu ontem ao líder palestino Yasser Arafat que se envolva mais no processo de paz para o Oriente Médio, logo após um confronto entre palestinos e israelenses terminar com sete mortos na faixa de Gaza.

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