Pq a revolução de 30 ñ foi uma revolução e sim um golpe?
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Os anos 1920, no Brasil, foram tumultuados. O país foi sacudido pelas rebeliões tenentistas e pelas greves operárias. O governo de Artur Bernardes (1922 a 1926) transcorreu praticamente em estado de sítio. No final de 1929, os efeitos do crash da Bolsa de Valores de Nova York já tinham deixado um triste saldo: 579 fábricas fechadas em São Paulo e Rio de Janeiro, por falta de compradores de seus produtos. O país já somava quase 2 milhões de desempregados e os salários dos trabalhadores urbanos diminuíram em 40 a 50%. No campo, os fazendeiros estavam em pânico; a fome e a miséria assombravam o povo. É nesse clima que ocorre a campanha presidencial para sucessão de Washington Luís (1926-1930). Ao contrário do que era esperado pela política do café com leite, o presidente não indica um mineiro para sucedê-lo, mas sim o paulista Júlio Prestes, tendo o baiano Vital Soares como candidato à vice-presidência. A indicação de Júlio Prestes acirra os ânimos dos grupos dominantes mineiros que romperam formalmente com o Partido Republicano Paulista (PRP). Selaram um acordo com o Rio Grande do Sul e da Paraíba formando a Aliança Liberal que lançou a chapa Getúlio Vargas, gaúcho, para presidente, e João Pessoa, paraibano, para vice-presidente. A Aliança Liberal recebeu apoio das classes médias urbanas e de grupos dominantes dissidentes. O Partido Democrático, de São Paulo, criado em 1926 reunindo industriais e profissionais liberais apoiou os aliancistas.