História, perguntado por pribatistapb29u7, 11 meses atrás

pq a população afrodescendente é a que mais predomina? ​

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Respondido por matheusdegodoy95
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Resposta:

O Brasil recebeu cerca de 38% de todos os escravos africanos que foram trazidos para a América.[34] A quantidade total de africanos subsaarianos que chegaram ao Brasil tem estimativas muito variadas: alguns citam mais de três milhões de pessoas, outros quatro milhões.[35][36] Segundo uma estimativa, de 1501 a 1866, foram embarcados na África com destino ao Brasil 5.532.118 africanos, dos quais 4.864.374 chegaram vivos (667.696 pessoas morreram nos navios negreiros durante o trajeto África-Brasil). O Brasil foi, de longe, o país que mais recebeu escravos no mundo. Em comparação, no mesmo período, com destino à América do Norte foram embarcados 472.381 africanos, dos quais 388.747 chegaram vivos (83.634 não sobreviveram).[37]

De acordo com a estimativa do IBGE, o número total de africanos que chegou ao Brasil foi de 4.009.400.[38]

Os portugueses lideraram o tráfico de escravos por séculos. Herdaram da tradição islâmica sua cultura técnica, fundamentalmente para a navegação, produção de açúcar e incorporação de negros escravos para a força de trabalho.[5] A mão-de-obra escrava de africanos na produção de açúcar já estava sendo utilizada nas ilhas atlânticas da Madeira e dos Açores à época do descobrimento do Brasil, seguindo uma nova forma de organização de produção: a fazenda.[5] No início do século XVI, cerca de 10% da população de Lisboa era composta por escravos africanos, número surpreendentemente alto para um contexto europeu.[39] Os portugueses, mais do que qualquer outro povo europeu, estavam culturalmente condiciados a lidar com povos de pele mais escura e preparados para contingenciar indígenas ao trabalho forçado e a aliciar multidões de africanos com o intuito de viabilizar seus interesses econômicos. O Brasil se configurou como uma formação colonial-escravista de caráter agromercantil. Primeiramente, o português usou do trabalho forçado do indígena. Porém, com a deterioração dessa população aborígene, o tráfico de pessoas oriundas da África se intensificou gradativamente, passando a compor a massa de trabalhadores no Brasil.[5]

A escravidão fincou raízes profundas na sociedade brasileira. Os africanos e seus descendentes resistiram durante todos os séculos contra a escravatura, por meio de rebeliões ou fugas, formando quilombos. Porém, possuir escravos era uma prática tão disseminada e aceita pela sociedade que muitos ex-escravos, após conseguirem a liberdade, também tratavam de adquirir um cativo para si. Ter escravos significava status e afastava as pessoas do mundo do trabalho pesado, que na mentalidade brasileira apenas os escravos podiam exercer. Portanto, no Brasil escravagista, ninguém se espantava ao ver um negro ou um mulato comprando um escravo, mas essa cena seria chocante nos Estados Unidos à época e difícil de ser imaginada pelos brasileiros atualmente.[40] Toda a vida econômica do império ultramarino português na África e na América se organizava com base no trabalho escravo, e o sentimento abolicionista sempre foi muito débil no mundo luso-brasileiro.[41] Em decorrência, o Brasil só extinguiu o tráfico de escravos em 1850, sob pressão da Inglaterra e após desrespeitar acordos nos quais se comprometia a abolir o tráfico. A escravatura só foi abolida em território brasileiro em 1888, sendo o Brasil o último país das Américas a abolir a escravidão.[42] A escravatura era um dos pilares do Império do Brasil e, com a abolição, o imperador Pedro II perdeu o apoio dos fazendeiros escravistas insatisfeitos por não terem recebido indenização, sendo uma das causas da queda da Monarquia no Brasil.

Respondido por alessandraeanjos
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A população brasileira foi estimada em 184,4 milhões de habitantes, em 2005, segundo  a PNAD, sendo que 91 milhões de pessoas se declararam de cor/raça parda ou preta,  aproximando-se bastante da população branca, estimada em 92 milhões.

    Assim, os  negros (pardos e pretos) correspondem, hoje, praticamente à metade da população do país. Destes, 35,8 milhões residem na Região Nordeste e 32 milhões, no Sudeste.  O Estado de São Paulo contava, em 2005, com a maior população negra do país, com  aproximadamente 12,5 milhões de pessoas de raça/cor preta ou parda, correspondendo  a 31% dos habitantes do Estado, segundo dados divulgados pela PNAD. Entretanto, em  termos relativos, é um dos Estados com menor proporção de negros, juntamente com  os da Região Sul, pois, nos demais, as pessoas que se declararam pretas ou pardas  equivalem a mais de 50% da população. Bahia, Amazonas e Pará são os Estados com  maiores proporções de negros, próximas a 80%. Somando-se os Estados de São Paulo,  Bahia e Minas Gerais, têm-se mais de 30 milhões de negros do país

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