História, perguntado por MariaReis20000, 10 meses atrás

Pq a comuna de paris foi considerada uma experiencia socialista para Karl Marx

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A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa por ocasião da resistência popular ante a invasão por parte do Reino da Prússia. A história moderna registra algumas experiências de regimes auto-intitulados comunais, impostos por grupos dissidentes em cidades específicas. A mais relevante delas — a Comuna de Paris — veio no bojo da insurreição popular de 18 de março de 1871. Durante a Guerra Franco-Prussiana, as províncias francesas elegeram para a Assembleia Nacional Francesa uma maioria de deputados monarquistas francamente favorável à capitulação ante a Prússia.

Grupos organizados de Paris, no entanto, opunham-se a esse resultado. Louis Adolphe Thiers, elevado à chefia do gabinete conservador, tentou conter os insurretos. Estes, porém, provisoriamente com o apoio da então denominada Guarda Nacional, contiveram a intervenção estatal, obrigando os membros do governo a abandonar precipitadamente Paris, onde o comitê central da Guarda Nacional passou a exercer sua autoridade.

A Comuna de Paris — considerada por alguns estudiosos a primeira república proletária da história — adotou uma política de caráter socialista, baseada nos princípios da Primeira Internacional dos Trabalhadores. Tanto Marx quanto Engels argumentaram que a Comuna de Paris foi um exemplo da ditadura do proletariado.[7]

Há discordância sobre a duração efetiva de tal movimento como governo efetivamente estabelecido. Há os que sugerem que o mesmo perdurou por apenas dez dias ou se se manteve por setenta e dois dias. Seu desmantelamento se deu com extensa execução dos dissidentes. De acordo com a enciclopédia Barsa, mais de 20 000 communards foram executados pelas forças de Thiers. O governo durou oficialmente de 18 de março a 28 de maio, enfrentando tropas alemãs bem como tropas francesas, pois a Comuna era um movimento de revolta ante o armistício assinado pelo governo nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na guerra franco-prussiana. Os alemães tiveram ainda que libertar militares franceses feitos prisioneiros de guerra para auxiliar na tomada de Paris.

Índice

1 Precedentes

2 O armistício e a Comuna

3 Realizações da Comuna

4 A semana sangrenta

5 Ver também

6 Referências

7 Bibliografia

8 Ligações externas

Precedentes

A população francesa já havia enfrentado, após a Revolução Francesa, uma revolta em Fevereiro de 1848, responsável por destituir o "rei burguês" Luís Filipe d'Orleans, dando fim à monarquia de Julho e instaurando a Segunda República Francesa. Entretanto, após um golpe de estado por Luís Bonaparte, conhecido como "O Outro 18 de Brumário", Bonaparte instaurou o Segundo Império Francês e proclamou-se Napoleão III. No governo de Napoleão III, a França envolveu-se em atritos constantes com a Prússia, relacionados à sucessão espanhola (veja Guerra franco-prussiana). Com um telegrama falsificado por Otto Von Bismarck, extremamente ofensivo ao povo francês, Napoleão III declarou guerra à Prússia.

No entanto, o exército prussiano estava mais bem preparado, vencendo facilmente os franceses. O imperador francês foi feito prisioneiro em Sedan. Com isso, foi proclamada a Terceira República Francesa legitimando um governo provisório de defesa nacional para o qual Louis Adolphe Thiers foi eleito presidente.

O armistício e a Comuna

Wilhelm I foi coroado Imperador da Alemanha no Palácio de Versalhes. Bismarck ao centro, de branco.

O Governo Provisório, com sede na prefeitura de Paris, iniciou um processo de capitulação da França entregando a maior parte de seu exército permanente bem como suas armas a contragosto da população parisiense. O único contingente agora armado era a Guarda Nacional, formada em sua maior parte por operários e alguns membros da pequena burguesia.

Convictos na resistência ao exército estrangeiro, a Guarda Nacional assaltou a prefeitura e expulsou os membros da assembleia que se instalariam em Versalhes. A administração pública de Paris agora se encontrava nas mãos do Comitê Central da Guarda Nacional que manteria conversações com Versalhes até 18 de março, quando o presidente Thiers mandou desarmar a Guarda Nacional numa operação sigilosa durante a madrugada daquele dia. Tomados de surpresa, os parisienses expulsam o contingente de Thiers, dando início à independência política de Paris frente à Assembleia de Versalhes, culminando com a eleição e a declaração da Comuna em 26 e 28 de março.

Apesar da evidente disposição do povo parisiense em resistir, a Assembleia de Versalhes acabou assinando a paz com os alemães. Num episódio humilhante, Guilherme I, o soberano alemão, foi coroado imperador do Segundo Reich na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes.

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