História, perguntado por rodrigosarocha, 1 ano atrás

Povos indígenas maranhenses

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Respondido por sarahluiza2006
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No século XVII, a população indígena no estado do Maranhão, era formada por aproximadamente 250.000 pessoas. Faziam parte dessa população, cerca de 30 etnias diferentes. A maioria delas, hoje, não existe mais. Povos indígenas como os Tupinambá que habitavam a cidade de São Luis, os Barbado, os Amanajó, os Tremembé, os Araioses, os Kapiekrã, entre outros, foram simplesmente exterminados ou dissolvidos social e culturalmente. Outras etnias existentes na época, como os Krikati, Canela, Guajajara-Tenetehara e Gavião, continuam presentes até hoje. São notórias as causas do desaparecimento de cerca de 20 povos indígenas no Maranhão: as guerras de expedição para escravizar, as doenças importadas, a miscigenação forçada, a imposição de novos modelos culturais, entre outra.
Os povos indígenas presentes no Maranhão, são distribuídos em dois grandes grupos: os Tupi-Guarani e os Macro-Jê. Essa distribuição, dá-se com base na classificação lingüístico-cultural utilizada para identificar e caracterizar as línguas e culturas indígenas presentes no Brasil.
Os povos Tupi-Guarani

Em 1500, na época da chegada dos Portugueses ao Brasil, os povos que viviam ao longo da costa eram os Tupi. Estes tinham escorraçado os povos de língua e cultura Jê para o interior do Brasil. Os Tupi, por isso, são os povos que têm tido maior contato com os europeus desde o começo, e marcaram de forma mais incisiva a formação social e cultural da “nação-Brasil”. Daí, por exemplo, o vasto volume de palavras indígenas disseminadas até os nossos dias: nome de cidades, plantas, pessoas, objetos, etc. Mais importantes, contudo, são as marcas culturais que os Tupi deixaram na formação social, humana e religiosa da sociedade brasileira. Ao tentar caracterizar, mesmo que de forma genérica, os povos Tupi, podemos dizer que são povos que vivem nas florestas tropicais, às margens de grandes rios ou igarapés, sabem acolher e se adaptar ás mudanças sociais e culturais trazidas desde fora. São extremamente místicos, mesmo que não o manifestem de forma explícita, através de muitas cerimônias e festas. A disposição das casas numa aldeia Tupi, parece não reproduzir mais uma determinada concepção do universo: as casas estão dispostas de forma quase que desordenada, numa grande rua, uma em frente da outra. Em geral, a cultura global dos Tupi é mais “oculta”, não visível e imediata. Parece que os Tupi “perderam”, aparentemente, sua “cultura original”. Isto porque a cultura Tupi impregna a totalidade das relações sociais, políticas e econômicas, e não se manifesta, necessariamente, através de ritos, cerimônias, enfeites e adornos espetaculares. A capacidade dos Tupi em se adaptarem às mudanças históricas, sem fugir dos conflitos e sem abrir mão de sua identidade - que a entendem como algo em permanente movimento, - tem permitido que eles pudessem sobreviver e conviver na “sociedade global” com altivez e sem servilismos.
Os povos do tronco lingüístico-cultural Tupi-Guarani presentes no Maranhão são: Tenetehara/Guajajara, Ka’Apor, Awá-Guajá. Além desses povos, existem algumas famílias de índios Guarani, na área indígena Pindaré, e Tembé/Tenetehara na área indígena Alto Turiaçu
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