potencial de membrana e potencial de ação? alguém sabe?
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Potencial de Membrana: Quando uma célula recebe elétrons fica carregada negativamente, já quando ela doa, fica carregada positivamente. Podemos dizer então, que cada uma dessas células apresenta um potencial elétrico.
Quando temos duas células com diferentes potenciais elétricos, dizemos que existe entre elas uma diferença de potencial (d.d.p). Consequentemente, se ligarmos essas duas células através de um fio condutor, no caso o axônio, haverá uma corrente elétrica (impulso nervoso) no sentido da célula que possui mais elétrons (potencial negativo) para a que possui menos (potencial positivo).
As células apresentam d.d.p. entre seu meio interno (intercelular) e externo (extracelular). Esse fenômeno é conhecido como potencial de membrana, existente sob duas formas: o potencial de repouso e o potencial de ação.
Potencial de Ação: Para compreendermos o processo de condução de um impulso nervoso (potencial de ação) devemos lembrar que os líquidos dentro e fora da célula são soluções eletrolíticas contendo íons positivos e negativos em igual quantidade.
Normalmente ocorre um acumulo de íons negativos (ânions) na face interna da membrana celular e igual quantidade de íons positivos se acumula na face externa da membrana. Isso leva ao estabelecimento de um potencial de membrana entre os meios intra e extracelulares.
Uma fibra nervosa que não está conduzindo um impulso nervoso, entretanto em potencial de repouso, apresenta um potencial de membrana (ou DDP: diferença de potencial) de aproximadamente -90mv. Em outras palavras o interior da fibra é 90 vezes mais negativo que o exterior. Na literatura pode-se encontrar variações desse valor, por exemplo: em Guyton esse valor é de -90mv, em Cunningham é de -75mv. Trabalharemos com os valores propostos por Cunningam.
Para que um potencial de ação transmita sinais neurais é necessário que haja uma alteração abrupta na DDP. Enquanto a membrana encontra-se polarizada seu estado é chamado de potencial de repouso. No momento em que chega um potencial de ação podemos ter duas situações distintas:
a) Potencial Excitatório pós-sináptico (PEPS) - Neste caso ocorre a diminuição do potencial de membrana, fazendo com que esta fique extremamente permeável ao íon sódio.
Com a entrada desse íon, o interior da célula passa a ter uma grande quantidade de cargas positivas fazendo com que a DDP desapareça e caminhe em direção á positividade. Quando se atinge o valor de -55mv diz-se que a membrana está despolarizada ou hipopolarizada. Essa despolarização resulta na interação do neurotransmissor químico liberado pelas vesículas pré-sinápticas com seus receptores no neurônio pós-sináptico. Os neurotransmissores liberados são inativados em milissegundos, Esta interação faz com que comportas de sódio fechadas se abram provocando um rápido influxo de sódio na célula subjacente deixando seu interior mais positivo desencadeando o potencial de ação.
b) Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS) – Se ao invés da abertura de canais de Sódio como no PEPS houver a abertura de canais de potássio, esse íon vai se difundir do interior da célula para o exterior. Dessa forma, vai provocar um aumento da DDP fazendo com que as possibilidades de desencadear um potencial de ação diminuam.