porque se diz que a geografia vive uma crise de identidade
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A descontinuidade é um traço marcante da vida individual contemporânea. O indivíduo não apenas reproduz os traços de hereditariedade e tradição de sua comunidade de origem – aliás, torna-se relevante indagar sobre os atuais sentidos da idéia de originalidade comunitária –, mas vive continuamente a capacidade de redefinir-se. A resposta sobre o que eu sou não resulta apenas de um condicionante social, externo, mas está associada à capacidade individual que temos de nos definirmos e nos diferenciarmos dos outros. É neste sentido que a produção e reprodução da vida social e biológica está condicionada fortemente à nossa capacidade de escolha. Assim, a capacidade de saber escolher apresenta-se também como um desafio educativo de autoprodução de sujeitos e coletividades humanas.
As mais recentes formulações sobre o conceito de identidade se afastam da idéia de consolidação de um “eu” estável que definiria em definitivo a personalidade e o campo cultural dos indivíduos tal como foi formulado na modernidade. Hoje, individuar-se significa muito mais se redefinir continuamente. O verdadeiro obstáculo não estaria mais na capacidade ou não de mudança, mas em como assegurar a unidade e a continuidade da história individual num mundo de complexidades e alternâncias existenciais. Os modelos estáveis de identidade que os grupos e instituições forneciam em contextos pré-industriais dão lugar a um alargamento de possibilidades de escolhas, de construção de autonomia e possibilidades de realização de si. As possibilidades que os indivíduos têm de fazer escolhas em suas vidas cotidianas não são, contudo, totalmente livres. Elas dependem dos vínculos que estabelecemos nas múltiplas redes existenciais que constituem o social.
A construção de autonomia num contexto societário de maior capacidade de escolhas frente às determinações do passado se faz no interior de fluxos sociais e comunicativos altamente carregados de estímulos, mensagens e informações orientadoras dos modos de ser, agir, sentir e pensar. É neste sentido que a elaboração da identidade pessoal se identifica também com processos de autoconsciência que reconhecem os limites e as possibilidades de construção autônoma do ser social.
Numa sociedade complexa o “eu” se faz múltiplo ajustando-se às mudanças rápidas a que é submetido. Neste sentido, um “eu múltiplo” não estaria referido a uma essência permanente, mas ao processo da própria identificação sucessiva. Assim, a identidade se configuraria como um sistema dinâmico definido entre possibilidades e limites que gera um campo simbólico no qual o sujeito pode conquistar a capacidade de intervir sobre si e reestruturar-se.
No contexto de reconhecimento de identidades passíveis de constante redefinição – identização – e experimentação de multiplicidade de papéis, a vida cotidiana se apresenta como uma esfera privilegiada de conquista de autonomia individual e de formas políticas de sociabilidade democrática.
Para diferentes autores é impossível dissociar a experiência da elaboração das identidades sem levar em conta os efeitos dramáticos que a globalização e os riscos sociais imprimem tanto ao indivíduo quanto à sociedade. O medo da morte individual é compartilhado com a angustiante ameaça da destruição do planeta.
Um dos grandes desafios da contemporaneidade passou a ser a construção da unidade social em sociedades marcadas por significativas diferenças e desigualdades pessoais e coletivas. Escutar a si e ao outro se torna, portanto, a condição para o reconhecimento e a comunicação. Para escutar numa relação solidária é preciso, contudo, assumir a própria identidade, entrar em relação com a diferença e rejeitar as desigualdades que venham a configurar a constituição das coletividades humanas.
As mais recentes formulações sobre o conceito de identidade se afastam da idéia de consolidação de um “eu” estável que definiria em definitivo a personalidade e o campo cultural dos indivíduos tal como foi formulado na modernidade. Hoje, individuar-se significa muito mais se redefinir continuamente. O verdadeiro obstáculo não estaria mais na capacidade ou não de mudança, mas em como assegurar a unidade e a continuidade da história individual num mundo de complexidades e alternâncias existenciais. Os modelos estáveis de identidade que os grupos e instituições forneciam em contextos pré-industriais dão lugar a um alargamento de possibilidades de escolhas, de construção de autonomia e possibilidades de realização de si. As possibilidades que os indivíduos têm de fazer escolhas em suas vidas cotidianas não são, contudo, totalmente livres. Elas dependem dos vínculos que estabelecemos nas múltiplas redes existenciais que constituem o social.
A construção de autonomia num contexto societário de maior capacidade de escolhas frente às determinações do passado se faz no interior de fluxos sociais e comunicativos altamente carregados de estímulos, mensagens e informações orientadoras dos modos de ser, agir, sentir e pensar. É neste sentido que a elaboração da identidade pessoal se identifica também com processos de autoconsciência que reconhecem os limites e as possibilidades de construção autônoma do ser social.
Numa sociedade complexa o “eu” se faz múltiplo ajustando-se às mudanças rápidas a que é submetido. Neste sentido, um “eu múltiplo” não estaria referido a uma essência permanente, mas ao processo da própria identificação sucessiva. Assim, a identidade se configuraria como um sistema dinâmico definido entre possibilidades e limites que gera um campo simbólico no qual o sujeito pode conquistar a capacidade de intervir sobre si e reestruturar-se.
No contexto de reconhecimento de identidades passíveis de constante redefinição – identização – e experimentação de multiplicidade de papéis, a vida cotidiana se apresenta como uma esfera privilegiada de conquista de autonomia individual e de formas políticas de sociabilidade democrática.
Para diferentes autores é impossível dissociar a experiência da elaboração das identidades sem levar em conta os efeitos dramáticos que a globalização e os riscos sociais imprimem tanto ao indivíduo quanto à sociedade. O medo da morte individual é compartilhado com a angustiante ameaça da destruição do planeta.
Um dos grandes desafios da contemporaneidade passou a ser a construção da unidade social em sociedades marcadas por significativas diferenças e desigualdades pessoais e coletivas. Escutar a si e ao outro se torna, portanto, a condição para o reconhecimento e a comunicação. Para escutar numa relação solidária é preciso, contudo, assumir a própria identidade, entrar em relação com a diferença e rejeitar as desigualdades que venham a configurar a constituição das coletividades humanas.
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