Porque Os portugueses não conseguiram conquistar a China? Me respondam pls
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Resposta:
Luso-chinês ou português chinês é um chinês que possui ascendência portuguesa ou um português que reside na China. A imigração portuguesa na China teve início após o Império Português colonizar a cidade de Macau, atual região administrativa especial da República Popular da China, sendo atraída principalmente pela colonização e pelo comércio. Atualmente, a língua portuguesa continua a ser falada, ensinada e utilizada nos meios de comunicação de Macau. Nesta cidade, cerca de 1% da sua população possui ascendência portuguesa.[1]
Os portugueses estabeleceram-se em Macau a 14 de agosto de 1556, e a partir de 1670 começaram a pagar um tributo a China pela presença no território. Macau prosperou como porto pela sua posição privilegiada na rota comercial entre Malaca, Goa e Japão. Os holandeses que chegaram a conquistar Malaca e Formosa, tinham ambições em Macau, mas a cidade permaneceu nas mãos dos portugueses.
A concessão do território de A-Má-Gau (que significa Baía de A-Má, a deusa do céu) a Portugal foi efetuada por contrapartida da ajuda prestada pelo país contra os ataques dos piratas chineses liderados por Tchang-si-lau. Com a concessão feita em mandarim e cantonês, os seus limites e a sua entidade foram submetidos a litígio constante até o Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português ser assinado a 1 de dezembro de 1887 entre Portugal e a China.
Após Portugal recuperar sua independência em 1640 (depois dos sessenta anos de unificação com Espanha), foi concedido a Macau o título oficial de «Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, Não Há Outra Mais Leal», sendo a única cidade que conseguiu manter a soberania durante os sessenta anos do governo espanhol.
A particularidade de Macau como enclave europeu no território chinês desapareceria em 1842, no final da Primeira Guerra do Ópio, quando os britânicos conseguiram a soberania sobre a ilha vizinha de Honguecongue, onde estabeleceram-se até ao ano de 1997.
O porto de Honguecongue relegaria Macau para segundo plano na área comercial. Apesar desta crise, a fraqueza da corte Qing naquele momento permitiu que Portugal suspendesse o pagamento do chamado foro do chão, imposto pelo uso da terra que Portugal pagava a China e que indicava um reconhecimento tácito da soberania chinesa. Esta consolidação do controlo português sobre Macau reflete-se também no reconhecimento do território como uma província portuguesa em 1844. Até então, Macau dependia das possessões portuguesas na Índia. Apesar de nunca ter sido feita uma transferência formal da soberania, Portugal considerava Macau como uma parte integrante do seu território em 1822 e com a cessação do pagamento de tributo à China, confirmava-se que o poder sobre Macau era português. Em 1851, as autoridades portuguesas anexaram ao território as duas ilhas próximas de Taipa e Coloane, triplicando a superfície de Macau.
Portugal que tinha dificuldades em manter o território devído ás pressões Chinesas e as revoltas como o Motim 1-2-3 levantado pelos residentes chineses pró-comunistas no dia 3 de Dezembro de 1966 para protestar contra o Governo de Macau. Este acontecimento foi uma das maiores jogadas políticas entre o Governo de Macau, os movimentos locais da esquerda e o Governo Central da República Popular da China (RPC). Este motim fez enfraquecer a soberania portuguesa sobre Macau e quase pôs fim à administração portuguesa.
Depois da Revolução dos Cravos em 1974, Portugal declarou a independência imediata de todas as suas províncias ultramarinas. A China rejeitou esta transferência imediata, tendo apelado para o estabelecimento de negociações que permitissem uma transferência harmoniosa. A diferença entre o sistema capitalista de Macau e o comunista da China continental poderá estar na base desta decisão. Com o decorrer das negociações, o estatuto de Macau redefiniu-se para "território chinês sob administração portuguesa" e a transferência foi agendada para a data de 20 de Dezembro de 1999, através do documento "Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau" (assinado no dia 13 de Abril de 1987), depositada nas Nações Unidas e entretanto publicada no Boletim Oficial de Macau a 7 de Junho de 1988, onde se estabeleciam uma série de compromissos entre os dois países para Macau, entre os quais a garantia de uma grande autonomia futura e a conservação das especificidades da RAEM durante 50 anos. A data escolhida permitia, entre outras coisas, prolongar a presença portuguesa no Oriente, transformando Portugal na última nação Ocidental a retirar as suas possessões da China, fazer a transferência de Macau pouco depois da de Hong Kong e que foi usada pela China como forma de retaliação ao Reino Unido devido à suavidade com que as negociações e transferência de Macau foram conseguídas, por contraste com a de Hong Kong e readquirir o controle de todos os territórios chineses que estiveram sob domínio ocidental antes do início do século XXI.