Sociologia, perguntado por hdksns, 11 meses atrás

porque ocorre a rejeição a globalização?​

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Respondido por letgab1
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Resposta:

ExplicaçãoContrariando quase todas as projeções, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos (EUA) após a votação realizada em 8 de novembro. Para perplexidade mundial, o republicano, que causou polêmica durante a campanha com um discurso xenófobo, racista e misógino, derrotou a candidata democrata Hillary Clinton, favorita nas pesquisas.

A candidatura de Trump mostrou ter um apelo grande entre o eleitorado branco, de classe média, sem ensino superior. Trata-se de um dos estratos da população norte-americana que mais foi afetado economicamente nos últimos anos, com o achatamento da renda e a falta de perspectivas de ascensão social.

Nesse sentido, o discurso populista de Trump soou como música para os ouvidos desses eleitores. Durante sua campanha, o agora presidente eleito culpou os imigrantes e as parcerias comerciais com outros países pelas mazelas econômicas no país. Dessa forma, Trump propõe uma série de ações que ameaçam uma ruptura com o atual sistema, que os EUA ajudaram a moldar e por meio do qual consolidaram sua hegemonia mundial: a globalização.

Tema sempre presente nos vestibulares e no Enem, a globalização enfrenta uma série de contestações no mundo desenvolvido, que se manifestam não apenas na eleição de Trump, mas também no plebiscito que iniciou o processo de saída do Reino Unido da União Europeia – o Brexit.

Por isso, é importante entender de que forma a vitória de Trump pode abalar quatro dos principais pilares da globalização:

1. A livre circulação de pessoas

O discurso anti-imigratório foi um dos pontos mais polêmicos na campanha presidencial de Trump. O republicano prometeu deportar os 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA, erguer um muro na fronteira sul do país para impedir a entrada de mexicanos e barrar o ingresso de muçulmanos no país.

Na visão do presidente eleito, os estrangeiros competem com os norte-americanos pelos postos de trabalho nos EUA, e a sua expulsão seria uma forma de combater o desemprego. Já os muçulmanos são considerados por Trump potenciais terroristas que devem ser impedidos de entrar no país. Embora a forma como o governo lida com os estrangeiros que vivem no país sempre tenha sido um tema sensível, Trump aponta o dedo diretamente para os imigrantes culpando-os pelas mazelas econômicas dos EUA. Dessa forma, ele se une a um movimento bastante forte na Europa ao se contrapor a um dos elementos mais frágeis da globalização: a livre circulação de pessoas.

2. Os acordos comerciais

Os acordos comerciais são outro componente essencial da globalização. Com o objetivo de estimular as trocas comerciais, os países se unem em blocos econômicos, que reduzem ou eliminam as barreiras alfandegárias. Com isso, as mercadorias ficam mais baratas no comércio entre os países-membros, tornando suas economias mais integradas.

Desde 1994, os EUA fazem parte do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), com o México e o Canadá. Em 2015, o país assinou um acordo para criar a maior área de livre comércio do mundo, o Acordo Transpacífico (TPP), que inclui 12 nações e somam 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O acordo ainda depende de aprovação parlamentar dos países-membros para entrar em vigor

Durante sua campanha, Trump disse que irá rever os termos do acordo com os EUA com o Nafta e irá retirar o país do TPP. Por trás desse discurso, está a alegação de que, ao facilitar as importações, esses acordos prejudicam setores essenciais da economia – no caso dos EUA, principalmente a indústria. Isso leva muitas empresas a fecharem as portas e a demitir funcionários.

3. A Divisão Internacional do Trabalho

A globalização e os avanços tecnológicos impuseram uma nova Divisão Internacional do Trabalho. As companhias transnacionais, muitas delas com sede nos EUA, passaram a montar fábricas para produzir em países mais pobres, transferindo empregos para lugares como China, México, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia e Brasil. Essas empresas são atraídas pela maior oferta de matéria-prima e energia, mão-de-obra mais barata e isenções fiscais.

Dessa forma, muitas empresas transnacionais distribuem seu processo produtivo por todo o globo. Um carro, por exemplo, pode ter o seu motor feito num país, o chassi em outro, os acessórios num terceiro e ser montado em outra nação, mais próxima dos mercados consumidores.

Para Trump, esse modelo foi responsável pelo fechamento de diversas fábricas no país, prejudicando a geração de empregos na indústria. Diante deste cenário, o presidente eleito prometeu que irá cobrar mais impostos das empresas que decidirem migrar para o exterior, tentando impor restrições a essa divisão internacional do trabalho que se consolidou com a globalização.:

espero que ajude...

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