História, perguntado por bellasalviato, 1 ano atrás

porque o periodo em que se iniciou a abdicação de D. Pedro I foi um dos mais agitados do Império Brasileiro?​

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Respondido por juan976
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O cenário político brasileiro durante o reinado de D. Pedro I era um pouco confuso e agitado. Por causa da Constituição outorgada de 1824 e das agitações liberais crescentes na época, principalmente na Europa.

Respondido por brasildavi1234
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Resposta:

Explicação:

O cenário político brasileiro durante o reinado de D. Pedro I era um pouco confuso e agitado. Por causa da Constituição outorgada de 1824 e das agitações liberais crescentes na época, principalmente na Europa, o Brasil passou por um período bem conturbado em sua História.

Antes de falar do período regencial, nós precisamos entender os antecedentes do processo e qual o papel dos protagonistas da política brasileira nesta época.

O processo de independência do Brasil

Se nós olharmos apenas o ato da proclamação, o simbólico Grito do Ipiranga, e alguns fatos importantes que ocorreram…

A Constituição de 1824 e o Poder Moderador

D. Pedro I não aceitou a primeira Constituição elaborada pela Assembleia Constituinte, que foi convocada em 1823, pois a mesma limitava seus poderes enquanto imperador. Um Conselho de Estado foi convocado após D. Pedro dissolver a Assembleia e este Conselho elaborou a Constituição, que foi outorgada — ou seja, imposta — por D. Pedro no dia 25 de março de 1824, sem qualquer discussão ou interferência externa ao Conselho.

Mas apesar desta Constituição implantar o Poder Moderador, que dava plena liberdade de ação ao imperador, havia — além dos Poderes Executivo e Judiciário — o Poder Legislativo, exercido pelos deputados e senadores, eleitos segundo o voto censitário, pois só podia votar quem tivesse uma renda específica, os pobres estavam de fora do processo eleitoral.

Entre estes deputados e senadores existiam membros favoráveis à atual situação administrativa do Brasil e também aqueles membros contrários tanto aos supremos poderes do imperador — concedidos pelo Poder Moderador — quanto contra a manutenção da própria monarquia. Estes eram os liberais, elementos da sociedade que causavam maior dor-de-cabeça a D. Pedro I.

Mas como estes elementos eram eleitos e respaldados pela Constituição, tanto D. Pedro quanto o Conselho de Estado — formado em sua maioria por simpatizantes da monarquia e pessoas próximas ao imperador — tinham que aturar os liberais e vez ou outra bater-boca para resolver os impasses sem causar muitos danos à ordem estabelecida.

D. Pedro ainda estava meio acuado frente a uma situação no mínimo inusitada: ainda existiam pessoas no Brasil, a maioria portugueses — membros do Partido Português — , que desejavam que o país voltasse a ser colônia de Portugal. E estas pessoas também faziam parte da corte e dos círculos próximos à coroa, além das pessoas “comuns” — comerciantes etc… — que tinham o mesmo desejo.

Agora imaginem a situação de D. Pedro I desde a Independência:

Portugal atrapalhando o jogo e não reconhecendo a independência do Brasil;

Um bando de ingleses perambulando pela corte e parasitando por estas bandas, além de grande parte do nosso comércio estar atrelado a eles;

Uma quantidade considerável de portugueses vivendo aqui no Brasil, sem condições ou sem interesse em voltar a Portugal e desejando a volta do Brasil para a condição de colônia, reino unido, o que fosse melhor, pois país independente, nunca!;

E entre os brasileiros, os nacionalistas, uma parte que era favorável à manutenção da monarquia, mas outra parte queria ver D. Pedro longe do poder (os exaltados), ou pelo menos que o Parlamento tivesse mais força que o imperador (os ximangos).

Era muita opinião divergente e muita gente dando palpite. Qualquer um ficaria maluco… ou abdicaria.

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