porquê o período da República Velha correspondente a 1889 a 1891 é chamado de república da espada ?
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Estas ideias ganharam força entre os oficiais do exército na década de 1870, como uma forma de afirmação da instituição. A maioria dos oficiais se dizia positivista, tendo ou não estudado as principais bases da doutrina. Entretanto, havia diferenças de concepção entre os partidários de Deodoro e de Floriano. Os primeiros consistiam em veteranos da Guerra do Paraguai, os chamados "tarimbeiros". Muitos não frequentaram a escola militar e sua motivação era a defesa da honra do exército, sem ter um grande projeto de desenvolvimento nacional. Embora Floriano não fosse positivista e também tivesse participado da Guerra do Paraguai, à sua volta reuniram-se jovens egressos da escola militar, com forte influência positivista, que se viam como responsáveis pelo progresso do país, em conjunto com a manutenção da ordem. Mas ambos os grupos tinham um adversário comum, o liberalismo, e isso manteve a união na instituição. Na visão do exército, a república precisava de um poder executivo forte, ou até mesmo de uma fase ditatorial. A autonomia das províncias era vista com cautela, por trazer o risco de fragmentação do país e por favorecer os interesses dos fazendeiros.[5] Essa ideia foi expressa no discurso do capitão tenente Nelson de Almeida, em nome da Marinha do Brasil:
“E nós agora fazemos os mais ardentes votos a fim de que todo o poder político nas mãos de um só homem de Estado e diretamente responsável pelo país. (...) Para termos uma república estável, feliz e próspera é necessário que o governo seja ditatorial e não parlamentar.”Com a proclamação da república, vários integrantes do antigo governo foram presos ou exilados. A imprensa foi censurada. A Câmara, o Senado e o Conselho de Estado foram fechados.
Os liberais, membros do Partido Republicano, lutaram para garantir a convocação de uma Assembleia Constituinte, temerosos do prolongamento de uma ditadura em torno de Deodoro. Apesar disso, Deodoro promulgou a constituição de 1891, confirmando-se como chefe de governo. Nos termos propostos por Rui Barbosa, era extinto o poder moderador existente no império e que poderia limitar uma ditadura pessoal.[7] Por outro lado, inspirada na constituição dos Estados Unidos da América, a primeira constituição republicana garantia alguns poderes aos estados, como o de contrair empréstimos no exterior e o de organizar forças públicas estaduais, ainda que mantendo o direito de intervenção federal para garantir a ordem. Também estabeleceu a divisão tripartite de poder, com a volta do Parlamento. Mas o conflito entre o executivo e o legislativo desencadeou nova dissolução do parlamento em 3 de novembro de 1891, sem respaldo constitucional. O consequente desgaste político e a eminência de uma deposição ou mesmo de uma guerra levaram Deodoro a renunciar, em 23 de novembro de 1891.[8][9]
No campo econômico, Deodoro viu estourar a encilhamento, com consequente surto inflacionário, alta desvalorização cambial e recessão, resultando na substituição de Rui Barbosa do cargo de ministro da Fazenda.
Com a renúncia de Deodoro, Floriano assume o poder como seu vice. Pressões pela convocação de eleições incluíram a publicação, em 6 de abril de 1892, de um manifesto de militares de outras forças, que ficou conhecido como Manifesto dos 13 generais. Floriano recusou-se e ainda afastou os militares, provocando grande repúdio e instabilidade política até o fim de seu governo.[10]
Ficou conhecido como "Marechal de Ferro", em virtude da veemência com que combateu os opositores, especialmente durante a Revolução Federalista,[11] iniciada em fevereiro de 1893, e a segunda revolta da Armada, em setembro de 1893. Neste mesmo mês, finalmente é realizada uma eleição presidencial, e Floriano falha em apontar o sucessor. O vencedor foi Prudente de Morais, líder da causa republicana e indicado pelo Partido Republicano Paulista.
Uma das marcas do governo de Floriano foi a perseguição a opositores e monarquistas, sendo muitos deles exilados ou até mesmo fuzilados. Outra coisa que marcou o governo de Floriano foi a mudança de nome da capital de Santa Catarina, mudando de Nossa Senhora do Desterro.