porque o Paraguai atacou o Brasil????
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Resposta:
Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado no Uruguai, que pôs fim à Guerra do Uruguai ao depor o governo interino uruguaio de Atanasio Aguirre (sucessor de Bernardo Prudencio Berro), do Partido Blanco e aliado de Francisco Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses. O conflito iniciou-se com o aprisionamento no porto de Assunção, em 11 de novembro de 1864, do barco a vapor brasileiro Marquês de Olinda, que transportava o presidente da província de Mato Grosso, Frederico Carneiro de Campos, que nunca chegou a Cuiabá, morrendo em uma prisão paraguaia. Seis semanas depois, o exército do Paraguai sob ordens de Francisco Solano López invadiu pelo sul a província brasileira de Mato Grosso. Antes da intervenção brasileira no Uruguai, Solano López já vinha produzindo material bélico moderno, em preparação para um futuro conflito com a Argentina mitrista, e não com o Império.[5] Solano López alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria as regiões argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o próprio Paraguai. Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um exército de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou indústrias bélicas.
Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança. O Império do Brasil, Argentina mitrista e Uruguai florista, aliados, derrotaram o Paraguai após mais de cinco anos de lutas durante os quais o Império enviou em torno de 150 mil homens à guerra. Cerca de 50 mil não voltaram — alguns autores[quem?] asseveram que as mortes no caso do Brasil podem ter alcançado 60 mil se forem incluídos civis, principalmente nas então províncias do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso. Argentina e Uruguai sofreram perdas proporcionalmente pesadas — mais de 50% de suas tropas faleceram durante a guerra — apesar de, em números absolutos, serem menos significativas. Já as perdas humanas sofridas pelo Paraguai são calculadas em até 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome.
A derrota marcou uma reviravolta decisiva na história do Paraguai, tornando-o um dos países mais atrasados da América do Sul, devido ao seu decréscimo populacional, ocupação militar por quase dez anos, pagamento de pesada indenização de guerra, no caso do Brasil até a Segunda Guerra Mundial, e perda de praticamente 40% do território em litígio para o Brasil e Argentina. No pós-guerra, o Paraguai manteve-se sob a hegemonia brasileira.[6] Foi o último de quatro conflitos armados internacionais, na chamada Questão do Prata, em que o Império do Brasil lutou, no século XIX, pela supremacia sul-americana, tendo o primeiro sido a Guerra da Cisplatina, o segundo a Guerra do Prata e o terceiro a Guerra do Uruguai.
A razão do ataque paraguaio foi a invasão brasileira ao Uruguai para apoiar o Partido Colorado, que estava em guerra contra o Partido Blanco (apoiado pelo Paraguai).
As teorias que falavam da intenção do presidente paraguaio Solano López de anexar o Uruguai, RS, o MT e algumas províncias argentinas ao Paraguai são hoje consideradas exageradas. Ele pretendia garantir o acesso paraguaio ao mar através do Rio Paraguai fazendo acordos com os Blancos do Uruguai e com os líderes das províncias do Norte argentino para ganhar influencia sobre estas áreas, mas (exceto por algumas pequenas áreas disputadas nas fronteiras) não pretendia incorporá-las ao território paraguaio.
Também são consideradas exageradas as alegações de que a Inglaterra teria provocado a guerra, influenciando diplomaticamente os países da Tríplice Aliança para destruir o modelo econômico supostamente autônomo do Paraguai antes que fosse imitado pelos vizinhos (apesar de haver comprovação de que o embaixador inglês na Argentina foi um forte incentivador da guerra).
A razão da guerra foi a formação dos Estados-Nacionais sul-americanos: O Paraguai fez a guerra porque queria demarcar suas fronteiras, garantir sua navegação pelo Rio Paraguai e acabar com as intervenções brasileiras e Argentinas na região. O Brasil foi a guerra para garantir seu direito de navegação no Rio Paraguai (na época único acesso à Província do MT). A Argentina foi à guerra para garantir o controle de suas províncias nortistas, e o Uruguai porque foi arrastado no meio de todos estes interesses.
E a Inglaterra, incentivou e lucrou com a guerra vendendo armas aos dois lados (sim o Paraguai comprou armas inglesas, mas como estava isolado, mão as recebeu), mas não a causou.