Sociologia, perguntado por meduardavergiloz3yzf, 1 ano atrás

porque o conceito de democracia racial é um mito

Soluções para a tarefa

Respondido por vinicius1993vi
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Pelo simples fato de que " Racial " vem de raça e isso é um tipo de discriminação racial.
Respondido por iasmym122
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 mito da democracia racial[editar | editar código-fonte]

Carlos Hasenbalg afirma que desde o final do Segundo Império e início da República já se acreditava que o Brasil teria escapado do problema do preconceito racial. Explica que tal concepção tem origem na comparação feita com a situação racial observada nos Estados Unidos da América daquela época.

Acrescenta, Hasenbalg, que conclusões semelhantes eram tomadas pelas elites de outros países da América Latina, quando comparavam suas realidades com a estadunidense.

Entretanto, explica Hasenbalg, diferentemente dos padrões raciais encontrados nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países latino-americanos, estas parecem possuir dois pontos centrais:

O primeiro deles é o embranquecimento, ou ideal do branqueamento, entendido como um projeto nacional implementado por meio da miscigenação seletiva e políticas de povoamento e imigração européia.O segundo é a concepção desenvolvida por elites políticas e intelectuais a respeito de seus próprios países, supostamente caracterizados pela harmonia e tolerância racial e a ausência de preconceito e discriminação racial.

Thomas E. Skidmore entende que a tese do branqueamento baseia-se na presunção da superioridade branca. Afirma que essa corrente vê na miscigenação a saída para tornar a população mais clara, por acreditar que o gene da raça branca prevaleceria sobre as demais e que as pessoas em geral procurariam por parceiros mais claros do que elas. Assim afirmavam que o branqueamento produziria uma população mestiça sadia, capaz de tornar-se sempre mais branca, tanto cultural como fisicamente.

Por esse motivo, segundo Florestan Fernandes, o ideal da miscigenação era tido como um mecanismo mais ou menos eficaz de absorção do mestiço. O essencial, no funcionamento desses mecanismos, não era nem a ascensão social de certa porção de negros e de mulatos, nem a igualdade racial, mas, ao contrário, a hegemonia da raça dominante.

brancas.

Acreditando na tese da democracia racial no Brasil, relata Sylvio Fleming Batalha da Silveira que os cientistas sociais estado-unidenses Donald Pierson e Marvin Harris, realizaram em 1945 e 1967, respectivamente, estudos sobre as relações sociais no Brasil. Apesar de inicialmente, segundo Silveira, terem constatado a grande disparidade existente entre negros e brancos no que se refere à localização na estratificação social, continuaram, entretanto, sustentando a tese da democracia racial.

Como esclarece Silveira, a comparação com os Estados Unidos da América foi a tônica dos estudos dos dois pesquisadores. Ao constatar a inexistência de um sistema racial claramente bipolar, como nos Estados Unidos, Pierson concluiu que praticamente não havia problemas raciais no Brasil. Harris, embora não comungasse da ideia de um "paraíso tropical", classificou a discriminação existente como de classe e não de raça. Assim, nessa visão, o indivíduo negro ocupava as posições mais baixas na estratificação social, não porque sofresse discriminação de raça, mas sim pela condição de pobreza de seus ancestrais.

Analisa Silva que tais conclusões tomadas pelos estado-unidenses, se devem ao fato de não disporem de elementos históricos e críticos para avaliarem a realidade brasileira, aceitando, dessa maneira, facilmente a ideia de que predominava no Brasil o preconceito de classe e não o de raça. Assim, segundo o autor, "só acidentalmente, e sem nenhuma relevância, existiria o fato de que o negro e o mulato concentram-se nas classes proletárias ou mais pobres do campo e da cidade, da pequena e da grande aglomeração urbana." As conclusões tomadas pelos estado-unidenses, contudo, podem ser avaliadas com propriedade. Não seria acidente que a maioria da população desfavorecida seja mulata ou negra, não foi isso de fato o afirmado. A pobreza dos negros seria explicada pela herança de seus pais, e dos pais desses, por sua vez. Não se trataria de acidente, mas de herança social.

Clóvis Moura, apresentando uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE no recenseamento de 1980, verificou que os não brancos, ao serem inquiridos sobre qual seria a sua cor, definiram-se em regra de modos variados, surgindo nas respostas um total de cento e trinta e seis cores diferentes. O que demonstra que a divisão bicolor entre brancos/negros não tem qualquer relevância na ideia do cidadão brasileiro, que vive sem se preocupar em definir a si mesmo de que grupo "racial" ele faz parte.

Enquanto num país como os EUA questões como "raça" são primordiais, constando em todos os formulários, escolares, empregatícios, etc. a pergunta -raça-, em que o cidadão precisa declarar a que grupo pertence, ou a que "nação", segregada, deve pertencer, no Brasil tal exigência não faria qualquer sentido e chegaria mesmo a ser ofensiva.


iasmym122: tive que resumir pq era muito grande, mas espero ter ajudado !!
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