Biologia, perguntado por marytenari, 11 meses atrás

porque o Brasil não consegue reciclar o lixo eletronico em larga escala?​

Soluções para a tarefa

Respondido por leticiatito23
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Resposta:

1. Dificuldade de fazer acordo com cada setor eletrônico, por conta da grande diversidade.

Observação: Tenha em mente que não é pela falta de regulamentação jurídica, e sim, pela dificuldade de colocá-la em prática.

2.O caminho de volta dos equipamentos descartados tem uma série de obstáculos: o tamanho do país encarece o transporte até os centros de reciclagem. A cobrança de impostos em sequência, ao cruzar estados – alguns até proíbem a passagem desse tipo de material; a definição do que é carga perigosa, que exige veículos e licenças especiais, é outro problema.

3. O retorno financeiro do material reciclado ainda é pouco para as empresas, ou seja, na maioria dos casos não compensa.

Em suma, a má administração do lixo eletrônico, a dificuldade de acordos setoriais, a pouca rentabilidade para empresa devido ao puco incentivo e a falta de conhecimento e de prática da lei já estabelecida, são os principais fatores que dificultam a reciclagem em larga escala do lixo no Brasil.

Você pode considerar também que o nível tecnológico para reciclagem desse tipo de material é muito maior do que qualquer outro, como o plástico e o papel, por exemplo.

Explicação:

Pelo último levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, só 724 das mais de 5.500 cidades brasileiras têm algum tipo de coleta de lixo eletrônico. E não é por falta de lei: lançada há cinco anos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a implantação da logística reversa, em que importadores, fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores devem promover a coleta e a destinação correta de uma série de produtos.

“A Política Nacional de Resíduos Sólidos é relativamente avançada, acontece que para a regulamentação da lei nós precisamos dos acordos setoriais”, disse Tereza de Brito Carvalho, coordenadora do Laboratório de Sustentabilidade Poli/USP.

Fazer esses acordos com cada setor não é tarefa simples: para começar, a indústria eletroeletrônica se divide em várias linhas: a branca, de geladeiras, fogões, lavadoras; a marrom, de TVs, câmeras, DVDs. Eletrodomésticos como liquidificador e forno elétrico compõem a linha azul. Na linha verde, computadores, impressoras, celulares.

Um ponto fundamental a ser definido é como financiar o sistema. O custo, só para a linha de computadores, é estimado em R$ 80 milhões por ano. Existe a ideia de criar uma taxa específica para isso.

“Na União Europeia, ou em países como o Japão, existe sim uma taxa que o consumidor, no momento da compra do produto, ele tem um valor destacado em nota referente à logística reversa daquele produto quando ele for descartado”, afirmou João Carlos Redondo.

Em Sorocaba, no interior paulista, um exemplo isolado do que deveria ser regra geral. A fábrica de computadores tem uma outra unidade, ao lado, dedicada exclusivamente à desmontagem e reaproveitamento de equipamentos da marca. O plástico é picado, derretido e remoldado em peças para novos equipamentos.

“Ainda é pouco, e olha que hoje nós temos 400 pontos de coleta ao longo do Brasil pra devolução de equipamentos. Ainda assim, o retorno é pequeno perto do que poderia ser”, afirmou Paloma Cavalcanti, gerente de Sustentabilidade da HP.

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