porque o acordo entre União Europeia e o Mercosul não avançou?
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O acordo de livre comércio assinado pelo Mercosul com a União Europeia nesta sexta-feira (28) após 20 anos marca o fim do isolamento do bloco, avaliam analistas ouvidos pelo G1. O tratado é o mais ambicioso já feito pelo grupo de países sul-americanos. Até então, só existiam acordos de livre comércio com Israel, Palestina e Egito – economias pequenas e de pouca representatividade no comércio internacional.
Para os europeus, o fim da negociação também é um marco relevante. É o segundo maior acordo já acertado pela União Europeia. Só perde para o firmado com os japoneses.
O acordo entre os blocos representa 25% do PIB mundial e engloba 750 milhões de pessoas.
"A primeira consequência desse acordo é o fim do isolamento do Brasil e do Mercosul", diz o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa. "O Mercosul estava isolado há 20 anos", afirma Barbosa, que também foi embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos.
O acordo firmado nesta sexta vai zerar tarifas para importantes produtos agrícolas exportados pelo Brasil, como suco de laranja, frutas e café solúvel. As taxas para exportar produtos industriais também serão eliminadas. Haverá ainda cotas para a venda de carnes, açúcar e etanol.
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O acerto também vai reconhecer como itens provenientes do Brasil vários produtos como cachaças, queijos, vinhos e cafés. Pelos novos termos, serão fixadas uma série regras, padrões e compromissos em diversas áreas, como em propriedade intelectual e meio ambiente.
A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul. A corrente de comércio entre os dois blocos foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018.