Filosofia, perguntado por coxinhadefrango007, 1 ano atrás

porque maquiavel defende que o governante deve ter as astucias de uma raposa e a força de um leão?

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Respondido por mis12martinsoztte0
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Há dois métodos de luta. Um é pela lei, e o outro pela força. O primeiro é próprio dos homens. O segundo, dos animais. Entretanto, como o primeiro método é muitas vezes insuficiente, deve-se aprender a usar o segundo. Um príncipe, então, sendo obrigado a saber lutar como um animal, deve imitar a raposa e o leão, pois o leão não sabe proteger-se das armadilhas, e a raposa não consegue defender-se dos lobos. O príncipe, portanto, deve ser uma raposa para reconhecer as armadilhas e um leão para assustar os lobos." - Maquiavel, em O Príncipe.


Na citação que abre esse texto, Maquiavel aconselha o Príncipe a possuir a astúcia da raposa e a força do leão, porque, como ele mesmo alerta, a força da lei, não sendo suficiente, o governante deverá recorrer à força para sobreviver.
Dois são os principais perigos a que está sujeito um político: as armadilhas e o ataque. Para as primeiras ele deve ter a astúcia da raposa, e para os segundos a força do leão.
Astúcia e força não são qualidades fáceis de conviver numa mesma personalidade.
O entendimento comum é que o fraco, por ser fraco, recorre à astúcia para sobreviver. Inversamente, o forte tende a ser percebido como bruto, simplório e pouco inteligente.
Para Maquiavel, o líder deve aspirar combinar em si estas duas características.
E Maquiavel não errou. Se observarmos as biografias dos grandes líderes notaremos que eles triunfaram quando logravam combiná-las e caíam quando descuidavam de uma ou outra.
Num contexto democrático, a advertência de Maquiavel não perde sua validade. O jogo político parlamentar, ou no interior de um governo, ou de um partido, é sobretudo um jogo de astúcia.
Já o jogo político eleitoral, é, fundamentalmente, um jogo de força.
Mas haverá momentos em que o político hábil terá que fazer pesar a sua força política dentro do governo a que pertence, ou do partido ou parlamento que integra, e inversamente usar da astúcia na relação com seus adversários na disputa eleitoral.
A leitura "não literal" de Maquiavel compatibiliza-o com o jogo político democrático.
Força, com seus conceitos correlatos (crueldade, armas, violência, fazer o mal, etc) de uso permanente na análise política de Maquiavel, é o conceito que menos se harmoniza com a política numa democracia.
Entretanto, se "traduzirmos" força por força política, isto é, o uso legítimo do poder, da influência, da popularidade, do prestígio, das relações, da organização, da pressão, em resumo, de todos os recursos políticos que um líder possui a seu alcance, grande parte das lições de Maquiavel harmonizam-se com a prática da democracia.
É neste sentido então que a "força do leão" deve ser entendida no nosso contexto.
Já a astúcia da raposa dispensa "tradução".



 

Respondido por Guimasf
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Com essa afirmação, Maquiavel argumenta que se a força da lei não for suficiente para a garantia da ordem, o governante deve recorrer à força e uso de violência para sobreviver. Porém, ele deve estar atento a não se tornar um tirano.

Maquiavel

Defendia que o governante deveria agir com sabedoria, inteligência e força para manter a ordem na sociedade e a sobrevivência de seu governo. Ele deve saber expandir seu domínio sem depender do acaso. O príncipe deve agir de acordo com a situação e manter o poder e a segurança do país que governa.

Maquiavel formula ideias sobre Estado, baseado em valores pátrios. Ele viveu em uma época de conflitos e guerras, e sua concepção de governo era a manutenção de estabilidade a qualquer custo.

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