Porque houve uma época que as quebradeiras de coco foram impedidas de fazer a coleta do babaçu ?
Soluções para a tarefa
RESUMO
O presente trabalho trata do processo histórico de conflitos pelo coco babaçu e pela
terra em municípios da Microrregião do Médio Mearim no Estado do Maranhão,
particularmente Pedreiras, Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Lima Campos e
Esperantinópolis, com foco nas quebradeiras de coco babaçu. O objetivo principal é
analisar como estas pessoas superaram as limitações e restrições sociais a que
estavam submetidas e conquistaram juntamente com suas famílias não só a terra
como o acesso a esta “dádiva da natureza”. Neste processo são analisados ainda
alguns elementos específicos como a modificação na estrutura funcional familiar dos
trabalhadores agroextrativistas, na qual as ditas mulheres são integrantes, bem
como a formação das duas principais associações de quebradeiras de coco: A
AMTR (Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais), de caráter regional e o
MIQCB (Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu), de caráter
interregional. O referencial utilizado será o conceito de Formação Sócio-Espacial.
Dentre algumas das conclusões desta dissertação temos que foi o latifúndio que
criou as condições materiais para o início das lutas pela terra, e as quebradeiras de
coco foram as primeiras a tomarem essa iniciativa. O MIQCB surge do desejo das
quebradeiras de coco de congregar todas as quebradeiras da área de babaçuais, e
por outro, de uma lacuna não preenchida pelas outras organizações então criadas
que não conseguiam ainda atender às demandas específicas dessas mulheres.
Todas essas organizações têm por alvo a reinvidicação de políticas públicas para a
totalidade das famílias residentes no campo que executam essa mesma atividade.
Dentre essas reinvidicações hoje se destaca o Projeto de Lei Babaçu Livre