porque foi alcancado o estuario do congo ?
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O Estado Livre do Congo (em francês: État Indépendant du Congo) foi um reino privado, propriedade pessoal de Leopoldo II da Bélgica entre 1877 e 1908.[1] Ocupava a maior parte da área da bacia do rio Congo,[2] incluindo o território da atual República Democrática do Congo. Sua economia se baseava na intensa exploração do trabalho africano, nas condições mais degradantes,[3] para extracção de borracha e marfim.
Em 1908, depois da brutalidade deste tipo de colonização ter por fim sido exposta na imprensa ocidental, esta propriedade privada passou a ser uma colónia da Bélgica - o Congo Belga.
Exploração europeia[editar | editar código-fonte]A bacia do rio Congo foi a última parte do continente africano a ser explorada pelos europeus, por se encontrar no interior do continente. Um por um, os outros grandes mistérios da África haviam sido investigados: o litoral, pelos marinheiros portugueses do infante D. Henrique, no século XV; o Nilo Azul, por James Bruce, em 1773; o alto Niger, por Mungo Park, em 1796; a vastidão do deserto do Saara, pelos competidores Alexander G. Laing, René Callié e Hugh Clapperton, na década de 1820; os manguezaisdo baixo Nilo, pelos Irmãos Lander, em 1830; o sul da África e o Zambezi, por David Livingstone, na década de 1850, e o alto Nilo, por Burton, John H. Speke e Samuel Baker, em uma sucessão de expedições, entre 1857 e 1868. Contudo, o Congo permaneceu um mistério, mesmo tendo sido uma das primeiras regiões a se tentar explorar.
Desde o século XV, os exploradores europeus navegaram pelo largo estuário do Congo, planejando abrir caminho até às cataratas e corredeirasque tinham origem a apenas 160 km da costa e viajam rio acima até sua fonte desconhecida. As corredeiras e cataratas na verdade se estendiam por 352 km pelo interior, e o terreno perto do rio era praticamente intransponível, o que persiste ainda hoje. Repetidas tentativas de se viajar através dessa região foram frustradas por graves eventualidades. Acidentes, conflitos com nativos, e acima de tudo as doenças fizeram com que grandes e bem equipadas expedições não conseguissem percorrer mais que 60 km através do legendário Caldeirão do Inferno.
Somente a partir da década de 1870 é que o Congo foi explorado pelos europeus e, mesmo assim, não pelo mar, mas pelo outro lado do continente africano. Partindo de Zanzibar, o jornalista galês (naturalizado estadunidense) Henry Morton Stanleytinha como objetivo encontrar o famoso Dr. Livingstone, de quem não se tinha notícias havia já alguns anos. Na verdade, Livingstone estava explorando a parte superior de um grande rio do interior, o Lualaba, que se supunha relacionado com o Nilo, mas que se revelou como sendo o alto rio Congo.
Após deixar Livingstone, Stanley navegou por 1600 km, Lualaba abaixo, até ao grande lago que ele chamou de Stanley Pool(lago Stanley; atualmente, lago Malebo). Então, em vez de perecer no impenetrável país das cataratas, Stanley optou por um longo desvio através da região, para se aproximar da feitoria portuguesa em Boma, no estuário do Congo.
Prelúdio à conquista[editar | editar código-fonte]