Saúde, perguntado por danielamaria20p5ytkt, 6 meses atrás

Porque as crianças estão mais suscetíveis a anemia carencial?

Soluções para a tarefa

Respondido por carlinha6235
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Resposta:

A anemia, devido à carência de ferro, traz importantes repercussões para a saúde da criança, as quais incluem desde uma maior suscetibilidade às infecções, até graus variáveis de comprometimento do crescimento e do desenvolvimento cognitivo e motor(1,2).

Explicação:

pouco ferro

Respondido por GABIMR15
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Resposta:

As carências nutricionais constituem problema relevante para a saúde das crianças e dos adolescentes. Globalmente, apesar de atravessarmos um período de transição nutricional, com importante redução na prevalência da desnutrição infantil, a anemia carencial, infelizmente, desponta no contexto atual como uma grande endemia(1).

A anemia é considerada uma preocupação para a saúde populacional quando a freqüência dos valores de hemoglobina abaixo dos pontos de corte referendados para as diversas faixas etárias compromete mais de 5% dos indivíduos. A sua prevalência entre 5 e 19,9% caracteriza um problema discreto; de 20 a 39,9%, um problema moderado; e 40% ou mais, uma grave situação de Saúde Pública(2).

O Brasil mostra índices crescentes de prevalência de anemia, com níveis que chegam a 70% em algumas regiões(3). Isto é apenas uma demonstração parcial do problema, uma vez que, ocultos na população, encontram-se até duas vezes mais casos não diagnosticados de deficiência de ferro, considerada hoje a carência nutricional de maior prevalência no mundo(2).

A anemia, devido à carência de ferro, traz importantes repercussões para a saúde da criança, as quais incluem desde uma maior suscetibilidade às infecções, até graus variáveis de comprometimento do crescimento e do desenvolvimento cognitivo e motor(1,2).

Objetivando combater a anemia, o Ministério da Saúde iniciou, na região Nordeste, em 1998, a suplementação semanal de sulfato ferroso oral(13). Contudo, a implementação do programa de suplementação não levou à redução significativa da anemia. Dentre as possíveis razões para esta ineficiência, considera-se, talvez, a falta de aderência à dose e à freqüência recomendadas (muitas vezes relacionadas aos efeitos colaterais), o insuficiente suporte e a falta de monitorização.

Em vários países, a fortificação de alimentos com ferro mostrou-se uma medida bastante eficaz no combate à deficiência de ferro. A fortificação de alimentos como farinhas, açúcar, cereais, sucos, leite e água, entre outros, mostrou bons resultados na prevenção da anemia carência. A partir de 2004, foi determinação obrigatória no Brasil a adição de 4,2mg de ferro (30% da ingestão diária recomendada – IDR) e 150mcg de ácido fólico (70% da IDR) para cada 100g das farinhas de milho e trigo fabricadas(13). Entretanto, tal medida não contempla a faixa etária de maior risco: o lactente. Além disso, no nosso país, não há vigilância sobre a efetividade de execução desta medida, bem como a monitoração do controle de qualidade.

Como perspectiva para melhorar a efetividade da suplementação de ferro alimentar entre os lactentes, existem alguns estudos promissores com , alimentos geneticamente modificados, seleção de sementes e do solo. Outros estudos envolvem a restauração de alimentos, a reposição do ferro perdido durante o processo de industrialização.

É extremamente louvável a iniciativa dos autores de analisar os dados epidemiológicos deste grave problema no município de Belo Horizonte. A fidedignidade dos dados obtidos é fundamental para priorizar os problemas de Saúde Pública da região, para monitorar este tipo de agravo e intervir com o estabelecimento urgente de alternativas e estratégias efetivas de prevenção.

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