porque acontece a espetacularização da violência?
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Entreter o público com programas saudáveis deveria ser uma das principais metas das emissoras de televisão. No entanto, na busca incontrolável por altos índices de audiência, a mídia está cada vez menos preocupada com o nível da sua programação. Isto porque a bestialidade humana é explorada de forma exacerbada, com a exibição perigosa de cenas onde a selvageria entre as pessoas impera.
Algumas destas imagens são até “imperceptíveis” para os mais leigos que assistem a determinados programas, sem perceber a periculosidade do que está sendo transmitido para eles. Na verdade, utilizar a violência como ferramenta para atrair o público não é uma tática limitada ao homem moderno, porém, a forma como esse mecanismo vem sendo introduzido na vida da população requer uma apurada reflexão, uma vez que vivemos numa era regida pala banalização da vida e, consequentemente pela exaltação da violência.
Muito recentemente, um fenômeno esportivo vem tomando conta dos canais de televisão. As Artes Marciais Mistas, ou mais conhecida como MMA, é o tal esporte em destaque. Suas lutas são caracterizadas por golpes mistos, oriundos das várias modalidades marciais que essa luta pode contemplar. Ao assistir esses seres humanos em ação, digladiando-se como verdadeiras feras, logo vêm em mente às lutas realizadas nos coliseus romanos. Naquela época, era comum ter como entretenimento, combates entre homens que, animalesticamente lutavam entre si até a morte.
Esse espetáculo sangrento, no entanto, ganha na atualidade à versão moderna do MMA. Por enquanto, as mortes em combate nesse esporte não são tão corriqueiras como as dos romanos, mas a difusão desse tipo de luta nas emissoras televisivas é preocupante, visto que, numa sociedade violenta como a nossa, a potencialização de embates desse porte pode corroborar para a construção de mentes violentas, as quais não utilizarão da filosofia do MMA em suas vidas, mas sim os golpes, socos e ponta pés, como meio de defesa, ou pior, como ferramenta covarde de ataque.
No entanto, a mídia televisiva não se limita apenas em violentar os telespectadores com lutas desse tipo. Dentro da sua programação há outros shows dos quais a brutalidade predomina. Em novelas, filmes, seriados, por exemplo, há a difusão de cenas que muitas vezes não obedecem à classificação adequada para a faixa etária do público. Consequentemente, crianças e jovens entram cada vez mais cedo em contato com imagens que poderão distorcer a sua visão de mundo. São homens batendo em mulheres, ampliando a soberania masculina já engrandecida, negros sendo inferiorizados pela cor de sua pele, personagens socialmente estigmatizados, sem contar nas “calientes” cenas de sexo, que mais parecem uma cópula entre cães, apressando e estimulando a sexualidade desse grupo que ainda está em formação.
Dentro do âmbito pueril, destacam-se os desenhos animados que deveriam prezar por temáticas lúdicas, doces e contextualizadas com a idade dos baixinhos. Entretanto, o que se vê são animes cada vez mais brutais, os quais os personagens ensinam a machucar, a mentir, manipular, ofender e o pior a desrespeitar o ser humano. Com isso, nossas crianças crescem sabendo que a melhor forma de se defenderem do mundo é através da pancadaria, do ataque, esquecendo questões primordiais como a conversa e o diálogo. Por isso que cada vez mais encontramos crianças e jovens apáticos, arredios, sem controle, pois a falta de limites em casa, somada com a difusão errônea de conteúdos pela mídia, tem criado verdadeiras máquinas mortíferas mirins que, possivelmente irão praticar crimes mais graves, se algo não for feito agora para contê-los.
O que falar então dos telejornais, que mais parecem “realitys shows” de sangue, nos quais, estupros, assaltos, esquartejamentos, genocídios e uma gama imensa de carnificina passam quase que simultaneamente para os telespectadores, passivos e com fome de sangue. Não que a violência deixe de ser noticiada. É importante que a população seja informada sobre as barbaridades que são cometidas contra pessoas comuns, pois isto de alguma forma pode contribuir para que determinados crimes sejam solucionados. No entanto, espetacularizar a morte para trazer audiência, mostrando corpos ensanguentados, parentes desesperados, não parece ser uma conduta humana, mas a brutalização do homem ao desrespeitar a vida alheia, não se solidarizando com a dor do outro.
Parece que há uma necessidade humana de presenciar seus iguais em confronto. Brigas, confusões, assaltos, mortes, nada mais causa arrepio nem temores em quem vê pela televisão esse tipo de violência. Pelo contrário, a sede de sangue, de ver o oponente sendo nocauteado, ou alguém sendo de alguma forma machucado, aguça a adrenalina de muitos que encontram nesse tipo de espetáculo, difundido em demasia pela mídia, a oportunidade de extravasar as pulsações humanas mais repugnantes e que socialmente escondemos de nós mesmos.
Algumas destas imagens são até “imperceptíveis” para os mais leigos que assistem a determinados programas, sem perceber a periculosidade do que está sendo transmitido para eles. Na verdade, utilizar a violência como ferramenta para atrair o público não é uma tática limitada ao homem moderno, porém, a forma como esse mecanismo vem sendo introduzido na vida da população requer uma apurada reflexão, uma vez que vivemos numa era regida pala banalização da vida e, consequentemente pela exaltação da violência.
Muito recentemente, um fenômeno esportivo vem tomando conta dos canais de televisão. As Artes Marciais Mistas, ou mais conhecida como MMA, é o tal esporte em destaque. Suas lutas são caracterizadas por golpes mistos, oriundos das várias modalidades marciais que essa luta pode contemplar. Ao assistir esses seres humanos em ação, digladiando-se como verdadeiras feras, logo vêm em mente às lutas realizadas nos coliseus romanos. Naquela época, era comum ter como entretenimento, combates entre homens que, animalesticamente lutavam entre si até a morte.
Esse espetáculo sangrento, no entanto, ganha na atualidade à versão moderna do MMA. Por enquanto, as mortes em combate nesse esporte não são tão corriqueiras como as dos romanos, mas a difusão desse tipo de luta nas emissoras televisivas é preocupante, visto que, numa sociedade violenta como a nossa, a potencialização de embates desse porte pode corroborar para a construção de mentes violentas, as quais não utilizarão da filosofia do MMA em suas vidas, mas sim os golpes, socos e ponta pés, como meio de defesa, ou pior, como ferramenta covarde de ataque.
No entanto, a mídia televisiva não se limita apenas em violentar os telespectadores com lutas desse tipo. Dentro da sua programação há outros shows dos quais a brutalidade predomina. Em novelas, filmes, seriados, por exemplo, há a difusão de cenas que muitas vezes não obedecem à classificação adequada para a faixa etária do público. Consequentemente, crianças e jovens entram cada vez mais cedo em contato com imagens que poderão distorcer a sua visão de mundo. São homens batendo em mulheres, ampliando a soberania masculina já engrandecida, negros sendo inferiorizados pela cor de sua pele, personagens socialmente estigmatizados, sem contar nas “calientes” cenas de sexo, que mais parecem uma cópula entre cães, apressando e estimulando a sexualidade desse grupo que ainda está em formação.
Dentro do âmbito pueril, destacam-se os desenhos animados que deveriam prezar por temáticas lúdicas, doces e contextualizadas com a idade dos baixinhos. Entretanto, o que se vê são animes cada vez mais brutais, os quais os personagens ensinam a machucar, a mentir, manipular, ofender e o pior a desrespeitar o ser humano. Com isso, nossas crianças crescem sabendo que a melhor forma de se defenderem do mundo é através da pancadaria, do ataque, esquecendo questões primordiais como a conversa e o diálogo. Por isso que cada vez mais encontramos crianças e jovens apáticos, arredios, sem controle, pois a falta de limites em casa, somada com a difusão errônea de conteúdos pela mídia, tem criado verdadeiras máquinas mortíferas mirins que, possivelmente irão praticar crimes mais graves, se algo não for feito agora para contê-los.
O que falar então dos telejornais, que mais parecem “realitys shows” de sangue, nos quais, estupros, assaltos, esquartejamentos, genocídios e uma gama imensa de carnificina passam quase que simultaneamente para os telespectadores, passivos e com fome de sangue. Não que a violência deixe de ser noticiada. É importante que a população seja informada sobre as barbaridades que são cometidas contra pessoas comuns, pois isto de alguma forma pode contribuir para que determinados crimes sejam solucionados. No entanto, espetacularizar a morte para trazer audiência, mostrando corpos ensanguentados, parentes desesperados, não parece ser uma conduta humana, mas a brutalização do homem ao desrespeitar a vida alheia, não se solidarizando com a dor do outro.
Parece que há uma necessidade humana de presenciar seus iguais em confronto. Brigas, confusões, assaltos, mortes, nada mais causa arrepio nem temores em quem vê pela televisão esse tipo de violência. Pelo contrário, a sede de sangue, de ver o oponente sendo nocauteado, ou alguém sendo de alguma forma machucado, aguça a adrenalina de muitos que encontram nesse tipo de espetáculo, difundido em demasia pela mídia, a oportunidade de extravasar as pulsações humanas mais repugnantes e que socialmente escondemos de nós mesmos.
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