porque a terceira expedição de rondon foi a mais famosa?
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Em 1913, foi iniciada, no rio Cáceres, a expedição de pesquisa científica conhecida como Roosevelt-Rondon, em atendimento à solicitação do ex-presidente americano Theodore Roosevelt de pesquisar e coletar espécimes da flora e da fauna da região amazônica. Até o ano de 1914, Rondon e Roosevelt percorreram a selva às margens da Bacia Amazônica, coletando materiais posteriormente enviados ao Museu Americano de História Natural. No diário de Roosevelt, além de observações e elogios a Rondon, há desabafos sobre o que chamava de “natureza infernal”: “O mito da benfazeja natureza não pode ser aplicado à crueldade da vida nos trópicos”. Esse mito do Inferno Verde já havia sido citado no título do romance de Alfredo Rangel em 1908, prefaciado por Euclides da Cunha.
Das margens do rio Apa a São Luís de Cáceres, a viagem foi feita a bordo do paquete Nioaque. De Cáceres em diante, território definido por Roosevelt como o “cenário de atuação do coronel Rondon”, o trajeto seria feito a pé ou em canoas.
Ao longo de mais de mil quilômetros do trajeto percorrido, além de inúmeros trabalhos de História Natural, cujos estudos foram confiados aos especialistas do Museu Nacional, foram realizados levantamentos de ribeirões e rios da Bacia Amazônica.
A experiência da expedição foi descrita por Theodore Roosevelt em seu livro Nas Selvas do Brasil, publicado nos Estados Unidos, em 1914. A obra foi reconhecida pelo coronel Amilcar Botelho de Magalhães como fiel “à verdade dos fatos e que revelam da parte do autor qualidades de justa observação dos homens e das coisas”.
Iniciada na rota da linha telegráfica, na Chapada dos Paresi, em Mato Grosso, a Expedição Científica Roosevelt-Rondon encerrou-se, em 30 de abril de 1914, na confluência dos rios Castanho e Aripuanã. Na ocasião, Theodore Roosevelt chegou a Manaus com graves problemas de saúde. Acredita-se que sua morte, cinco anos após, resultou das sequelas dessa viagem.