Porque a revoluçao francesa e considerada uma revoluçao democratica
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Se houvesse uma data apenas para a humanidade, ela seria 14 de julho. É a data oficial da Revolução Francesa. Foi quando, em 1789, caiu a Bastilha, a prisão que uma multidão de franceses tomou em busca da munição guardada nela. Batidos os guardas que cuidavam da Bastilha, os presos políticos foram libertados. Surgia um mundo novo, sob os gritos de liberdade, fraternidade e igualdade.
A Revolução Francesa percorreu todos os caminhos típicos das grandes revoluções. Foi-se moldando sob a opressão a injustiça de um regime em que nobres e religiosos eram absurdamente favorecidos em detrimento do povo. Começou relativamente branda, sem que estivesse ainda claro o papel do rei Luís XVI e da rainha Maria Antonieta. Aos poucos virou uma revolução como tem que ser. Para isso, foi preciso que radicais jacobinos como Robespierre, Danton e Marat tomassem o poder e fizessem cair cabeças sob guilhotinas — destinadas, como notou o historiador Jules Michelet, a abreviar o suplício dos condenados. (Os revolucionários franceses não repetiram o horror das execuções da Igreja Católica na Inquisição.) O casal real não podia escapar e não escapou. Revoluções como a Francesa não são feitas com tapinhas nas costas. Uma ordem estabelecida só cede a uma nova ordem pela força.