Porque a racionalidade foi importante para a atividade econômica na atividade industrial, segundo Weber?
alguém me ajuda por favor!!
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Resposta:
Oque sei é grande gata, mas vale a pena, pode te ajudar.
Explicação:
RESUMO
O tema deste artigo insere-se nos estudos teóricos sobre o conceito de racionalidade e na crítica à racionalidade econômica. Discute a racionalização da vida como processo histórico, tendo como fio condutor o conceito de racionalidade, partindo da noção aristotélica de razão e passando pelas análises de Max Weber, Karl Mannheim, autores da Escola de Frankfurt, Ivan Illich, André Gorz, Karl Polanyi e Guerreiro Ramos. Com base nesse quadro teórico, constrói-se a crítica à racionalidade econômica, sobre a qual se fundam o atual processo de desenvolvimento e suas mazelas e a própria noção de progresso.
A racionalidade formal - Max Weber
A racionalidade instrumental (referente a fins), como a entende Weber, não se limita ao campo meramente econômico, mas está presente em todo o processo civilizatório ocidental, também nos campos político e social, cultural e religioso. Ou seja, é associada a um sistema econômico, social, cultural e religioso. Ela é imanente ao desenvolvimento ocidental e à sua estrutura, contemplando aspectos técnicos (científicos), administrativos e burocráticos. De acordo com Weber, o capitalismo ocidental, na sua forma moderna, foi fortemente influenciado pelo desenvolvimento das possibilidades técnicas, e a sua racionalidade decorre de maneira direta da "calculabilidade precisa de seus fatores técnicos mais importantes" (Weber, 1996, p. 9). Implica dizer, portanto, que o seu desenvolvimento dependeu, em grande parte, do igual desenvolvimento da ciência ocidental, impulsionando e sendo impulsionado por ela. Nessa interpretação, o capitalismo é um dos fatores de maior significação na constituição do desenvolvimento ocidental, no âmbito da concepção de cálculo de meios e fins, porque ocorre da forma mais racionalizada possível.
De fato, em A ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber deixa claro que a busca do lucro no capitalismo é algo permanente e racional, enquanto a simples 'ânsia do lucro' é qualificada como irracional. O 'impulso para o ganho' sempre esteve presente na história humana em todas as épocas, em toda espécie de pessoas e condições sociais, em todos os países da terra e não tem nada a ver com o capitalismo em si. "O desejo de ganho ilimitado não se identifica nem um pouco com o capitalismo [ocidental], e muito menos com o 'espírito do capitalismo'", ainda que o capitalismo equivalha à procura do lucro sempre renovado (WEBER, 1996, p. 4). O desejo de ganho sempre existiu onde e quando existiram trocas. A ânsia pelo lucro é uma espécie de condição da pessoa, enquanto a 'ação econômica capitalista' é assentada no trabalho livre, no desenvolvimento de possibilidades técnicas e cálculos precisos quanto a possibilidades de ganho. Esta 'ação econômica capitalista', tal como Weber a denomina, é aquela baseada "na expectativa de lucro através da utilização das oportunidades de troca" (WEBER, 1996, p. 4) que equivalem a oportunidades formais de lucro15 e ao desenvolvimento dos meios que permitem atingir os fins a partir de cálculos precisos, ou seja, a racionalidade instrumental.
O capitalismo é resultado, ainda, de uma moderna organização racional viabilizada, sobretudo, pela separação entre empresa e economia doméstica e pela criação da contabilidade racional, associadas ao desenvolvimento das possibilidades técnicas.