Geografia, perguntado por filipi11, 11 meses atrás

porque a polemica das usinas nucleares no brasil ?
POR FAVOR me ajudem


isisvpc: Vc pode ser mais direto pfvr?
filipi11: como?

Soluções para a tarefa

Respondido por isisvpc
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Muitas decisões a respeito do uso da
ciência e da tecnologia causam polêmica
na sociedade, pois envolvem questões
que podem gerar grandes consequências
sociais, positivas ou negativas.
No Brasil, uma dessas discussões en-
volve a terceira usina de energia nuclear
em solo nacional, a Angra III, que está em
construção na cidade de Angra dos Reis,
estado do Rio de Janeiro, mesma cidade
onde foram construídas as outras duas
usinas nucleares existentes no Brasil.
Depois do acidente na usina nuclear
de Fukushima, no Japão, em março de
2011, o mundo inteiro está rediscutindo a
utilização dessa fonte de energia.
A usina de Angra III também terá como objetivo principal a geração de energia elétrica. Já funcionam no
país duas usinas nucleares: a Angra I, construída no período de 1971 a 1985, e a Angra II, que levou outros 25
anos para ficar pronta. Ainda hoje, ambas não operam com capacidade total.
O tempo e principalmente o dinheiro investidos em sua construção levantam uma discussão que per-
manece sem consenso: é acertada a decisão do governo brasileiro em ativar Angra III, prevista para começar
a operar em 2014? A decisão já foi tomada e a usina está em plena construção, mas a polêmica continua.
A discussão baseia-se na comparação entre os efeitos positivos e negativos dessa tecnologia. Seus de-
fensores lembram que as usinas nucleares geram energia sem nenhuma poluição imediata significativa ao
ambiente e causam menos impacto ambiental que as hidrelétricas, que expulsam populações de sua região
de origem e inundam matas e terras agriculturáveis.
Por outro lado, há especialistas contrários à construção de Angra III, afirmando ser ela inadequada para
uma nação com tanto potencial hidrelétrico ainda não explorado. Mas o grande problema são os rejeitos
radioativos, pois nenhum país do mundo sabe o que fazer com eles.
Quando mal depositados, podem contaminar o solo e os lençóis freáticos, além do risco permanente de
vazamento de radiação, o que pode, inclusive, causar a morte das populações atingidas. Até hoje, cientistas e
engenheiros do mundo todo lutam para construir usinas nucleares completamente seguras.
Enquanto os especialistas e profissionais do setor debatem prós e contras da construção de Angra III,
países como os Estados Unidos investem bilhões de dólares na desativação de suas usinas, num processo
muito caro e lento. Para desativar uma usina nuclear se gasta mais do que para construí-la. Por exemplo,
foram despendidos US$ 231 milhões para construir a usina norte-americana de Maine Yankee Plant, que
funcionou entre 1972 e 1996, e mais US$ 635 milhões em sua desativação.
Essa polêmica está longe de ser resolvida: a utilização do petróleo como fonte de geração de energia
não durará para sempre, e os ambientalistas defendem o uso de fontes de energia alternativas – como o
vento, a luz solar e a biomassa –, as quais, além de renováveis, são mais seguras.
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