porque a irisina recebeu esse nome?
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Explicação:
Irisina é uma miocina, isto é, um peptídeo-hormônio produzido principalmente em células musculares, derivado da clivagem da FNDC5 – uma fibronectina tipo III, localizada nas membranas celulares destas. No momento da prática de exercícios, esta fibronectina – FNDC5 é clivada, gerando como um de seus subprodutos a Irisina.
Inicialmente a Irisina foi reconhecida como importante fator para a mudança da característica de adipócitos para um perfil mais marrom, levando a mudanças na termogênese e perfil metabólico dos mesmos. O grupo responsável pela pesquisa demonstrou que essa miocina tem efeitos muito interessantes na prevenção, no tratamento e quiçá na melhora da Doença de Alzheimer, com um potencial terapêutico factível.
Usando técnicas imunológicas de identificação da Irisina e/ou FNDC5, foi possível concluir que os níveis de Irisina eram muito mais baixos em pacientes com estágio tardio de Doença de Alzheimer, comparado a pessoas da mesma idade com estágio inicial da DA (MCI – Mild cognitive Imparment – e DA leve) e em pacientes controles saudáveis cognitivamente, e que esta redução não estava relacionada com a atrofia e morte neuronais mais presentes nas formas graves da doença.
Em seguida, o grupo conseguiu comprovar que a irisina estava reduzida na Doença de Alzheimer e em hipocampos de modelos animais da doença. Além disso, viram que neurônios maduros expostos a níveis mais altos da irisina são pouco imunorreativos à presença de beta-amiloides.
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Continuando nesta caminhada, também mostraram que a subtração de irisina em hipocampos de ratos piorou a performance cognitiva deles. Quando injetada em níveis altos nos hipocampos, a irisina aumentou a neuroplasticidade e melhorou a memória de ratos com modelo experimental de DA.
O grupo também se enveredou na neurologia translacional para demonstrar que aqueles ratos que foram submetidos a um protocolo de natação tiveram menor impacto na sua performance cognitiva após a exposição a beta amiloides, podendo corresponder a um modelo humano de que o exercício físico pode gerar irisina que chega ao cérebro com possível melhora da performance cognitiva e prevenção de perda de memória.