Porque a biodiversidade da Amazônia está sendo ameaçada?
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É extremamente necessária uma educação que releve a importância da totalidade dos organismos na Terra para a manutenção da vida humana, sendo a conservação da biodiversidade em seus ecossistemas, e o equilíbrio de cada unidade elementar em contínua evolução, o fator mantenedor de um ambiente climatizado.
Existem no planeta milhões de espécies das quais apenas 1,7 milhões foram identificadas até agora. Para se ter uma idéia, em 1994, o número de espécies ameaçadas de extinção incluía aproximadamente 5.400 animais e 4.000 vegetais.
Estamos perdendo espaço em nossa casa, degradando os ecossistemas, habitat onde não mais admiraremos exuberante beleza e diversidade da fauna e flora. Ambientes que mesmo recuperados artificialmente, não expressam o potencial natural, e muito menos o conjunto de genes anteriormente vigente.
Isso é muito sério porque a biodiversidade é o maior recurso do planeta, e sem dúvida a maior oportunidade de riquezas para um país. A perda de recursos e da diversidade biológica ameaça o fornecimento de alimentos, remédios e energia, e ainda interfere no controle sobre a erosão, a purificação da água e do ciclo da atmosfera.
Um exemplo no território nacional é a destruição da Floresta Amazônica para a plantação de pasto e outros cultivos, resultando na queda de 25% de chuvas na região, elevando os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e conseqüente déficit na colaboração da umidificação das massas de ar que adentram ao continente.
A biodiversidade de metade das áreas tropicais protegidas, entre as quais a Amazónia e florestas da América Central, está “seriamente ameaçada”, segundo um estudo publicado esta quinta-feira pela revista científica Nature.
As áreas mais ameaçadas são aquelas nas quais o nível de protecção diminuiu nas últimas décadas, ou que acabaram prejudicadas por actividades económicas, como a exploração florestal, a invasão dos terrenos, as queimadas para criar pastos e a mineração ilegal.
“Metade das reservas tropicais protegidas está bem, mas a outra metade está a sofrer”, declarou o autor principal do estudo, William Laurance, biólogo na Universidade James Cook, à agência EFE.
Estas áreas, que são conhecidas por serem a região com maior biodiversidade do planeta, são agora alvo de uma enorme ameaça. Com base em 262 entrevistas a biólogos com experiência nos locais citados, o estudo mostra que a situação piorou mais depressa nas reservas africanas e nas selvas latino-americanas.
Entre os animais mais ameaçados estão predadores, como jaguares e tigres, e mamíferos grandes, como elefantes e rinocerontes. Para travar o problema, Laurence aconselha a usar o trabalho com as comunidades locais, para ensinar usos benignos da vegetação, e a criação de zonas de diminuição de impactos entre as áreas protegidas e os seus arredores.
As florestas tropicais cobrem 6% da superfície terrestre, mas contêm mais de metade das espécies de fauna e flora do planeta. O estudo cobriu 36 países, ao longo dos trópicos de África, Ásia e América do Sul.