Por que vacinas virais vivas jamais devem ser administradas a pacientes com doenças de imunodeficiência ? A administração da vacina oral da pólio a meninos com agamaglobulinemia ligada ao X pode causar a poliomielite. Comente.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Apesar das imunodeficiências serem doenças relativamente
raras em Pediatria, nos últimos anos temos assistido a um
aumento do número de casos, quer pelo número crescente de
crianças com imunodeficiências secundárias (à corticoterapia
prolongada, quimioterapia ou à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana), quer pelo aparecimento de novas imunodeficiências primárias. Paralelamente, tem-se verificado
uma maior longevidade destas crianças e o alargamento do
leque de vacinas disponíveis. Torna-se necessário, portanto, a
existência de recomendações consensuais sobre a vacinação
destas crianças, embora nem sempre existam estudos sólidos
que as suportem.
Os autores pretendem resumir os princípios gerais e os aspectos particulares da imunização da criança com imunodeficiência, tomando como principais referências as recomendações
dos colégios de Pediatria inglês e americano, do Programa
Nacional de Vacinação e a experiência clínica da sua Unidade.
De um modo geral, as vacinas devem ser administradas desde
que sejam seguras, mesmo que a sua eficácia seja duvidosa.
Na prática, administramos as vacinas inactivadas e contra-
-indicamos as vacinas vivas. A VASPR pode, contudo, ser
administrada em situações pontuais.
Na presença de imunodeficiência combinada grave, primária
ou secundária, é mais sensato protelar a vacinação até que se
verifique a reconstituição imunitária. Nesta altura, podem
estar indicados reforços vacinais suplementares ou mesmo a
revacinação de crianças entretanto imunizadas.
Os familiares e prestadores de cuidados de crianças com imunodeficiência devem ser submetidos a um leque alargado de
imunizações, embora sejam necessários cuidados especiais
com a administração de vacinas vivas potencialmente transmissíveis.
Explicação:
Vacinas virais vivas são produzidas a partir de vírus que foram atenuados ou modificados geneticamente para serem menos virulentos. Essas vacinas são administradas para desenvolver imunidade contra doenças infecciosas específicas.
Em pacientes imunodeficientes, as vacinas podem causar problemas maiores do que um simples mal estar que rapidamente passa, como é o que se espera de máxima reação, pois estas pessoas não possuem a capacidade de se proteger do vírus.
Vacinação em imunodeficientes e relação da agamaglobulinemia ligada ao X
Pacientes com doenças de imunodeficiência têm uma deficiência no sistema imunológico, o que significa que eles têm dificuldade para combater infecções.
A administração de vacinas virais vivas a esses pacientes pode causar uma infecção aguda ou crônica, pois os vírus vivos da vacina podem se replicar de forma descontrolada e causar doença. Por esse motivo, esses pacientes devem evitar vacinas virais vivas e usar outras alternativas, como vacinas inativadas ou subunitárias.
Em relação à administração da vacina oral da pólio a meninos com agamaglobulinemia ligada ao X, esses pacientes possuem uma deficiência no sistema imune, tendo uma produção insuficiente de anticorpos, e isso os torna mais suscetíveis a desenvolver a poliomielite após a vacinação oral.
A vacinação com vacina inativada ou vacina Salk é a recomendada para esses pacientes para evitar a ocorrência da poliomielite.
Aprenda mais sobre as vacinas aqui:
https://brainly.com.br/tarefa/4251152
#SPJ2