Por que Portugal se beneficiou economicamente com o Tratado de Tordesilhas? *
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Explicação:
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo firmado entre o reino português e a coroa castelhana, cujo o objetivo era a demarcação e divisão das terras conquistadas por ambos os reinos no período das Grandes Navegações.
A assinatura do tratado ocorreu em um momento de transição entre a hegemonia do papado e a afirmação do poder das monarquias nacionais. Depois de intensas negociações, foi assinado no dia 7 de junho de 1494, na cidade de Tordesilhas, na Espanha.
O acordo definiu a demarcação das áreas de influência dos territórios ultramarinos. O tratado criou como linha de demarcação o meridiano localizado a 370 léguas da ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde. O meridiano era do Polo Sul ao Polo Norte. Com a celebração do acordo, as terras do lado oeste pertenceriam para a Espanha enquanto o território ao leste do meridiano ficaria para Portugal.
Contexto da assinatura do tratado
Os séculos XV e XVI foram marcados pela expansão marítimo-comercial dos séculos na Europa. Nesse contexto, Portugal foi pioneiro no processo de conquista e colonização de novos territórios, tornando-se a maior potência marítima e econômica do mundo.
Durante o século XV, os espanhóis passaram a disputar com os portugueses a exploração e domínio da costa atlântica africana, tida como fundamental para garantir a passagem para a Índia independente do Mar Mediterrâneo. Com o início da expansão espanhola pelo Atlântico, começaram as disputas pelo trono de Castela e as aspirações espanholas por conquistas ultramarinas.
Nesse período, Portugal e Espanha tinham muito mais em comum do que a divisão da Península Ibérica. Os dois reinos eram as maiores potências do mundo no que se refere à expansão marítimo-comercial da Europa. Ambos buscavam novas rotas comercias, visando aumentar os seus lucros e expansão de territórios.
Contrariando a prática comum da História Medieval, Portugal buscava assegurar suas terras através de acordos e com a bênção do Papa. Em 1455, o país já havia conseguido a bula papal Romanus Pontifex , que lhe garantia direito a todas as terras ultramarinas já conquistadas e as que viriam a ser conquistadas