Por que podemos dizer que indústria cultural é um instrumento de dominação?
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Explicação:
A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer, possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. ... Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência.
O conceito de indústria cultural foi desenvolvido por Theodor Adorno e Max Horkheimer no final do século XIX e início do século XX. Os estudiosos analisaram os impactos dos avanços tecnológicos proporcionados pela Revolução Industrial e o capitalismo no mundo das artes.
O que é Indústria Cultural?
O conceito desenvolvido por Adorno e Horkheimer se refere à ideia de produção em massa, comum nas fábricas e indústrias, que passou a ser adaptada à produção artística. É uma nova concepção de se fazer arte e cultura, utilizando-se técnicas do sistema capitalista.
Dessa maneira, músicas, filmes, espetáculos e outras obras, são desenvolvidos sob a lógica de produção em massa. Há um pensamento dominante que passa a influenciar o modo como os artistas produzem e como os telespectadores consomem a cultura. Nesse conceito, um quadro ou uma música são reproduzidos de forma padronizada, mesmo que possuam cores e estilos diferentes.
Segundo os autores, o objetivo da indústria cultural é o lucro e manutenção do pensamento dominante. Assim, a cultura passa a ser uma massa de manobra da população, que precisa ser mantida presa na ideologia dominante.
Origem da Indústria Cultural
Os sociólogos alemães Adorno e Horkheimer escreveram o livro “Dialética do esclarecimento”, cujo um dos capítulos aborda a noção de Indústria Cultural, no ano de 1944. Nesse período, o mundo testemunhava a consolidação dos regimes totalitários, como o Nazismo. Os próprios estudiosos precisaram se refugiar em outros países.
Todo esse cenário político influenciou os intelectuais a refletir como a cultura também pode ser utilizada para legitimar determinados interesses. Os autores acreditam que a Indústria Cultural trata as pessoas como simples consumidores, acríticos, que são definidos a partir dos produtos consumidos, incluindo a produção artística.
Nesse sentido, a Indústria Cultural define os produtos culturais, a sua quantidade e o tipo a ser consumido. Ela se encontra a serviço das classes dominantes, por isso ela é gerenciada de acordo com as suas necessidades e interesses. Assim, é promovido um padrão no qual as manifestações culturais devem se adequar para fazerem sucesso.