por que, para françois dubet, a organização de salas de aulas homogêneas é um dos mecanismos sutis da exclusão escolar e de reforço das desigualdades escolares?? alguém sabe?
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Para o autor, a oferta escolar não produz o mesmo
desempenho nos alunos e nem tem a mesma eficácia. Isso acontece na organização das
salas quando alunos de performances diferentes são colocados juntos, tornando
essas diferenças mais discrepantes ao longo dos anos – alunos com dificuldades são
conduzidos a trajetórias que não possuem tanto glamour ou honraria. Para Dubet,
esse “mecanismo de tratamento e aprofundamento das distâncias” reforçam as
desigualdades sociais, já que não melhoram o desempenho dos melhores alunos,
mas enfraquecem os mais fracos. Estes mecanismos aparecem, ainda, no âmbito
familiar, quando os alunos mais favorecidos se privilegiam de um ambiente
familiar que os sustente de forma mais eficaz. Essas estratégias
escolares aprofundam as desigualdades e acentuam a exclusão escolar na medida
em que mobilizam, junto aos pais, algo que não é só o capital cultural, este
entendido como um conjunto de disposições e de capacidades, especialmente
lingüísticas. Apela a competências muito particulares referentes aos conhecimentos
das regras ocultas do sistema. A escola espera que os pais sejam pessoas
informadas, capazes de orientar judiciosamente seus filhos e ajudá-los com eficácia
nas suas tarefas. Ao mesmo tempo, fica claro que essa expectativa é cada vez
maior e situa-se cada vez mais cedo. (DUBET, 2003, p. 36)
desempenho nos alunos e nem tem a mesma eficácia. Isso acontece na organização das
salas quando alunos de performances diferentes são colocados juntos, tornando
essas diferenças mais discrepantes ao longo dos anos – alunos com dificuldades são
conduzidos a trajetórias que não possuem tanto glamour ou honraria. Para Dubet,
esse “mecanismo de tratamento e aprofundamento das distâncias” reforçam as
desigualdades sociais, já que não melhoram o desempenho dos melhores alunos,
mas enfraquecem os mais fracos. Estes mecanismos aparecem, ainda, no âmbito
familiar, quando os alunos mais favorecidos se privilegiam de um ambiente
familiar que os sustente de forma mais eficaz. Essas estratégias
escolares aprofundam as desigualdades e acentuam a exclusão escolar na medida
em que mobilizam, junto aos pais, algo que não é só o capital cultural, este
entendido como um conjunto de disposições e de capacidades, especialmente
lingüísticas. Apela a competências muito particulares referentes aos conhecimentos
das regras ocultas do sistema. A escola espera que os pais sejam pessoas
informadas, capazes de orientar judiciosamente seus filhos e ajudá-los com eficácia
nas suas tarefas. Ao mesmo tempo, fica claro que essa expectativa é cada vez
maior e situa-se cada vez mais cedo. (DUBET, 2003, p. 36)
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