por que o Ford deixo o Brasil
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Segundo a Ford, a decisão de encerrar a produção de veículos no Brasil resultou de uma "reestruturação dos negócios na América do Sul".
Em carta às concessionárias obtida pela TV Globo, a montadora informou que "desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas" e que a matriz, nos Estados Unidos, vinha auxiliando nas necessidades de caixa, "o que não é mais sustentável".
Fato é que o desempenho da Ford já não era o dos melhores no Brasil. A montadora americana perdeu espaço para as asiáticas e sua participação no mercado brasileiro estava em queda desde 2016.
"A indústria automotiva é muito competitiva. A Ford parou no tempo. Deixou de atualizar seu portfólio. Sem produto, não tem o que fazer", diz Kalume Neto, da Jato Dynamics.
No ano passado, a Ford amargou o quinto lugar no ranking das maiores montadoras do Brasil, com participação de 7,14%, atrás da líder General Motors (17,35%), da Volkswagen (16,80%), da Fiat (16,50%) e da Hyundai (8,58%), segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), entidade representativa do setor de distribuição de veículos.
Em 2004, a título de comparação, essa participação era de 11,5%.
Apesar disso, seu modelo de entrada, o Ka, foi o sexto mais vendido no Brasil em 2020. Se somados os emplacamentos das versões hatch e sedã (Ka Plus), o carro teria sido o segundo mais vendido do país no ano passado.
Além disso, a Ford vinha priorizando um modelo de venda para pessoas jurídicas, como locadoras, que "não é tão lucrativo quanto para pessoas físicas", acrescenta Kalume Neto.
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