Por que o conhecimento discursivo também é abstrato?
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Chamamos conhecimento discursivo o conhecimento mediato, isto é, aquele que se da por meio de conceitos. Esse tipo de pensamento opera por etapas, por encadeamento de ideias, juízos e raciocínios que levam a determinda conclusão.
Para tanto, a razão precisa realizar abstrações. Abstrair significa "isolar", "separar de". Fazemos abstrações quando isolamos, separamos um elemento de uma representação, elemento esse que não é dado separadamente na realidade.
Quando vemos um cinzeiro,podemos ter a imagem dele, uma representação mental de natureza sensível e de certa forma concreta e particular, porque se refere àquele cinzeiro especificadamente. Ao abstrairmos, porém, isolamos essas caracteríticas por serem secundárias, e consideramos apenas o "ser cinzeiro". Rusulta daí, o conceito ou ideia de cinzeiro, que é a representação intelectual do objeto e, portanto, imaterial e geral. Ou seja, a ideia de cinzeiro não se refere àquele cinzeiro particular, mas a qualquer objeto que sirva para recolher cinzas.
O matemático reduz as coisas que têm peso, dureza e cor à pura quantidade. Por exemplo, quando dizemos 2, consideramos apenas o número dois, sem nos importarmos se são duas pessoas ou duas frutas. A lei científica também é abstrata. Quando concluímos que o calor dilata os corpos, abstraímos as características que distinguem cada corpo para considerar apenas os aspéctos comuns àqueles corpos, ou seja, o "corpo em geral", enquanto submetido à ação do calor.
A apropriação intelectual do objeto supõe a regularidade dos acontecimentos do mundo; caso contrário, a consciência nunca poderia superar o caos. Por exemplo, Kant diz: "se o cinábrio (minério de mercúrio) fosse ora vermelho, ora preto, ora leve, ora pesado... minha imaginação empírica nunca teria ocasião de receber no pensamento, com a representação da cor vermelha, o cinábrio pesado".
Ora, quanto mais abstrato um conceito, mais nos distanciamos da realidade concreta. esse artifíco da razão é importante para a superação do "aqui e agora" e a elaboração de hipóteses explicativas do real. No entanto, toda vez que a razão se distancia do vivido, o conhecimento se empobrece, sob algum aspecto. Na filosofia contemporânea, a crítica às formas do racionalismo exarcebado fez com que pensadores como Bergson, Dilthey e Husserl retomassem as discussões sobre o valor da intuição no processo do conhecimento.
Da mesma maneira, permanecer no nível do vivido e da intuição impede o distanciamento fecundo da razão que interpreta e critica. O conhecimento se faz, portanto, perla relação, entre vivência e teoria, entre concreto e abstrato.
Para tanto, a razão precisa realizar abstrações. Abstrair significa "isolar", "separar de". Fazemos abstrações quando isolamos, separamos um elemento de uma representação, elemento esse que não é dado separadamente na realidade.
Quando vemos um cinzeiro,podemos ter a imagem dele, uma representação mental de natureza sensível e de certa forma concreta e particular, porque se refere àquele cinzeiro especificadamente. Ao abstrairmos, porém, isolamos essas caracteríticas por serem secundárias, e consideramos apenas o "ser cinzeiro". Rusulta daí, o conceito ou ideia de cinzeiro, que é a representação intelectual do objeto e, portanto, imaterial e geral. Ou seja, a ideia de cinzeiro não se refere àquele cinzeiro particular, mas a qualquer objeto que sirva para recolher cinzas.
O matemático reduz as coisas que têm peso, dureza e cor à pura quantidade. Por exemplo, quando dizemos 2, consideramos apenas o número dois, sem nos importarmos se são duas pessoas ou duas frutas. A lei científica também é abstrata. Quando concluímos que o calor dilata os corpos, abstraímos as características que distinguem cada corpo para considerar apenas os aspéctos comuns àqueles corpos, ou seja, o "corpo em geral", enquanto submetido à ação do calor.
A apropriação intelectual do objeto supõe a regularidade dos acontecimentos do mundo; caso contrário, a consciência nunca poderia superar o caos. Por exemplo, Kant diz: "se o cinábrio (minério de mercúrio) fosse ora vermelho, ora preto, ora leve, ora pesado... minha imaginação empírica nunca teria ocasião de receber no pensamento, com a representação da cor vermelha, o cinábrio pesado".
Ora, quanto mais abstrato um conceito, mais nos distanciamos da realidade concreta. esse artifíco da razão é importante para a superação do "aqui e agora" e a elaboração de hipóteses explicativas do real. No entanto, toda vez que a razão se distancia do vivido, o conhecimento se empobrece, sob algum aspecto. Na filosofia contemporânea, a crítica às formas do racionalismo exarcebado fez com que pensadores como Bergson, Dilthey e Husserl retomassem as discussões sobre o valor da intuição no processo do conhecimento.
Da mesma maneira, permanecer no nível do vivido e da intuição impede o distanciamento fecundo da razão que interpreta e critica. O conhecimento se faz, portanto, perla relação, entre vivência e teoria, entre concreto e abstrato.
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