Por que não se pode dizer que a dúvida de Descartes o transforma em um filósofo cético?
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Embora Descartes fosse, várias vezes, erroneamente acusado de cético, ele deixou bem claro, desde a primeira explicitação e divulgação de sua metafísica, feita na quarta parte do Discurso, que:
"[...] por desejar então dedicar-me apenas à pesquisa da verdade, achei que deveria agir exatamente ao contrário, e rejeitar como totalmente falso tudo aquilo em que pudesse supor a menor dúvida, como o intuito de ver ser, depois disso, não restaria algo em meu crédito que fosse completamente incontestável" (grifo nosso).
A dúvida, em suma, é um meio para um fim e não um fim em si mesmo configura-se, desta forma, uma dúvida metódica que busca a verdade em antagônica a qualquer dúvida cética. A dúvida reforça-se como metódica devido ao fato de que somente aquilo que se mostra evidente pode resistir à sua força. Assim sendo, a dúvida fundamenta o método e tem por objetivo a busca da verdade/certeza.
Tal idéia da existência da verdade mostra-se tão clara que Descartes chega a nomear a sua primeira obra, publicada em 1637, de "Discurso sobre o método de bem conduzir a razão e buscar a verdade nas ciências" (grifo nosso). A perspectiva da dúvida cartesiana não conduz a ceticismo, mas ao conhecimento, até mesmo ao conhecimento do próprio Deus.
"[...] por desejar então dedicar-me apenas à pesquisa da verdade, achei que deveria agir exatamente ao contrário, e rejeitar como totalmente falso tudo aquilo em que pudesse supor a menor dúvida, como o intuito de ver ser, depois disso, não restaria algo em meu crédito que fosse completamente incontestável" (grifo nosso).
A dúvida, em suma, é um meio para um fim e não um fim em si mesmo configura-se, desta forma, uma dúvida metódica que busca a verdade em antagônica a qualquer dúvida cética. A dúvida reforça-se como metódica devido ao fato de que somente aquilo que se mostra evidente pode resistir à sua força. Assim sendo, a dúvida fundamenta o método e tem por objetivo a busca da verdade/certeza.
Tal idéia da existência da verdade mostra-se tão clara que Descartes chega a nomear a sua primeira obra, publicada em 1637, de "Discurso sobre o método de bem conduzir a razão e buscar a verdade nas ciências" (grifo nosso). A perspectiva da dúvida cartesiana não conduz a ceticismo, mas ao conhecimento, até mesmo ao conhecimento do próprio Deus.
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Descartes parte em busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida. Começa duvidando de tudo.Trata-se da dúvida metódica, porque é essa dúvida que o impele a indagar se não restaria algo que fosse inteiramente indubitável. Por isso Descartes não é um filósofo cético: ele busca uma verdade.
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