Por que não devemos fazer uso de termos como surdos-mudos,linguagem de sinais, ou outros referentes a incapacidade
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Ao longo dos anos, terminologias e conceitos são modificados de acordo com o entendimento da sociedade e a evolução das pesquisas. Um exemplo, é a forma como as pessoas que possuem algum tipo de deficiência já foram chamadas ao longo da história da humanidade – aleijado, retardado, invalido, incapacitado, ceguinho, surdo-mudo, mudinho, portador de deficiência – e inúmeros outros que os desqualificam como seres humanos.
De forma geral, as pessoas ainda não compreendem que o uso de determinada terminologia pode reforçar a segregação e a exclusão. Assim, o termo “portadores” implica em algo que se “porta”, e que seria possível de se deixar de portar, mas a deficiência, geralmente, é permanente. Ou seja, o termo não cabe, visto que reforça algo negativo e deixa de evidenciar as potencialidades.
Da mesma forma, ao nomear uma pessoa que usa a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua, de “mudinha”, surda-muda ou deficiente é como dizer que um australiano, residente fora de seu país de origem, é deficiente, visto que ele atribui outra língua como meio de comunicação.
As pessoas surdas (em geral) não são mudas, pois o aparelho fonador é preservado. A diferença é que elas usam outra linguagem no processo comunicativo, neste caso, visual-espacial (LIBRAS). O termo Surdo tem sido utilizado quando a pessoa com surdez tem uma perda profunda detectada por exames como audiometria e Bera. Quando a perda é leve ou moderada ainda persiste o termo Deficiente Auditivo, já na Comunidade Surda, o Surdo é aquele que é usuário de Libras e é pertencente a tal.
Se o termo Deficiente Auditivo não estiver impregnado de preconceito por parte de quem o utiliza não deve ser errôneo. O termo “deficiente” não deve estar associado a incapacidade, mas a deficit, ou seja, algo que não está em sua totalidade, mas que não impede a pessoa viver em sua plenitude, caracterizando também aos que não são usuários da LIBRAS e fazem a leitura labial.
Assim, devemos pautar nossa reflexão no respeito à diversidade. Quando se tem dúvidas quanto a correta terminologia, o ideal é usar o nome da pessoa para denominá-la. A partir dessa decisão, o deficit não será o elemento central, mas sim o ser humano e todo o seu potencial.
Ao afirmar isso, podemos concluir que a individualidade de cada pessoa deve ser respeitada. Devemos evoluir, aprender a aceitar e, principalmente, ter consciência de que cada pessoa é única e capaz de avançar dentro das suas limitações.
Devemos nos informar e buscar aplicar as terminologias corretas sempre que o uso for necessário, mas também podemos nomear cada pessoa pelo seu nome e sobrenome. Rótulos e termos pejorativos devem ser banidos!
Algumas informações adicionais
surdo: alguém que tem perda total da audição.
Surdo (com a primeira letra em maiúscula): utiliza-se dessa forma ao se referir a alguém com perda auditiva que faz parte da Comunidade Surda e utiliza a língua de sinais como sua língua-mãe.
Deficiente auditivo: pode ser usado para qualquer pessoa com perda auditiva, mas é comum utilizar este termo para quem tem algum resíduo auditivo ou que ouve alguma coisa apor meio de aparelhos ou implantes auditivos. Ressaltoa-se que o termo deficiente, como sujeito, deve ser substituído por “pessoa com deficiência auditiva”.
Surdo oralizado/surdo usuário da língua portuguesa: são as pessoas com perda auditiva que utilizam a voz como principal forma de comunicação e podem ser auxiliados pela leitura labial e o uso de aparelhos ou implantes auditivos.
Surdo sinalizante: são as pessoas com perda auditiva que utilizam a Língua Brasileira de Sinais como forma principal de comunicação. Podem ou não utilizar aparelhos ou implantes auditivos.
Implantado: são pessoas que utilizam algum implante auditivo para recuperar parte da audição. Pode ser um implante coclear, implante de condução óssea (como o Baha) ou implante de tronco encefálico.
Bilateral/unilateral: normalmente utilizado para identificar pessoas com implante em ambos os ouvidos ou em apenas um ouvido, respectivamente.
De forma geral, as pessoas ainda não compreendem que o uso de determinada terminologia pode reforçar a segregação e a exclusão. Assim, o termo “portadores” implica em algo que se “porta”, e que seria possível de se deixar de portar, mas a deficiência, geralmente, é permanente. Ou seja, o termo não cabe, visto que reforça algo negativo e deixa de evidenciar as potencialidades.
Da mesma forma, ao nomear uma pessoa que usa a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua, de “mudinha”, surda-muda ou deficiente é como dizer que um australiano, residente fora de seu país de origem, é deficiente, visto que ele atribui outra língua como meio de comunicação.
As pessoas surdas (em geral) não são mudas, pois o aparelho fonador é preservado. A diferença é que elas usam outra linguagem no processo comunicativo, neste caso, visual-espacial (LIBRAS). O termo Surdo tem sido utilizado quando a pessoa com surdez tem uma perda profunda detectada por exames como audiometria e Bera. Quando a perda é leve ou moderada ainda persiste o termo Deficiente Auditivo, já na Comunidade Surda, o Surdo é aquele que é usuário de Libras e é pertencente a tal.
Se o termo Deficiente Auditivo não estiver impregnado de preconceito por parte de quem o utiliza não deve ser errôneo. O termo “deficiente” não deve estar associado a incapacidade, mas a deficit, ou seja, algo que não está em sua totalidade, mas que não impede a pessoa viver em sua plenitude, caracterizando também aos que não são usuários da LIBRAS e fazem a leitura labial.
Assim, devemos pautar nossa reflexão no respeito à diversidade. Quando se tem dúvidas quanto a correta terminologia, o ideal é usar o nome da pessoa para denominá-la. A partir dessa decisão, o deficit não será o elemento central, mas sim o ser humano e todo o seu potencial.
Ao afirmar isso, podemos concluir que a individualidade de cada pessoa deve ser respeitada. Devemos evoluir, aprender a aceitar e, principalmente, ter consciência de que cada pessoa é única e capaz de avançar dentro das suas limitações.
Devemos nos informar e buscar aplicar as terminologias corretas sempre que o uso for necessário, mas também podemos nomear cada pessoa pelo seu nome e sobrenome. Rótulos e termos pejorativos devem ser banidos!
Algumas informações adicionais
surdo: alguém que tem perda total da audição.
Surdo (com a primeira letra em maiúscula): utiliza-se dessa forma ao se referir a alguém com perda auditiva que faz parte da Comunidade Surda e utiliza a língua de sinais como sua língua-mãe.
Deficiente auditivo: pode ser usado para qualquer pessoa com perda auditiva, mas é comum utilizar este termo para quem tem algum resíduo auditivo ou que ouve alguma coisa apor meio de aparelhos ou implantes auditivos. Ressaltoa-se que o termo deficiente, como sujeito, deve ser substituído por “pessoa com deficiência auditiva”.
Surdo oralizado/surdo usuário da língua portuguesa: são as pessoas com perda auditiva que utilizam a voz como principal forma de comunicação e podem ser auxiliados pela leitura labial e o uso de aparelhos ou implantes auditivos.
Surdo sinalizante: são as pessoas com perda auditiva que utilizam a Língua Brasileira de Sinais como forma principal de comunicação. Podem ou não utilizar aparelhos ou implantes auditivos.
Implantado: são pessoas que utilizam algum implante auditivo para recuperar parte da audição. Pode ser um implante coclear, implante de condução óssea (como o Baha) ou implante de tronco encefálico.
Bilateral/unilateral: normalmente utilizado para identificar pessoas com implante em ambos os ouvidos ou em apenas um ouvido, respectivamente.
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Pq é nao legal isso ofende a pessoa surda e muda
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