por que haviam conflitos entre os donatários e os sesmeiros?
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Resposta:
Os Donatários das Capitanias foram administradores de grandes extensões territoriais denominadas de Capitanias Hereditárias. Parte de um projeto de manutenção e defesa das possessões portuguesas no Novo Mundo, estas se constituíram como um plano estratégico contra as investidas de outras nações europeias, especialmente franceses, holandeses e ingleses nos primeiros anos do “descobrimento”.
A escolha dos primeiros capitães donatários se deu a partir de um concurso entre pessoas da nobreza e aquelas enriquecidas pelo mercantilismo. Estas pessoas eram favorecidas pela proximidade de suas relações com a Coroa. Os selecionados deveriam investir de seus próprios bolsos no projeto de instauração e organização das capitanias, materializando o projeto geopolítico português na América. Os donatários dispunham de grande autoridade, mas não eram os donos da terra, apenas detinham a posse sobre os territórios desde que pudessem defendê-los, mantê-los e cultivá-los. Assim, tinham autonomia para cultivar, administrar e explorar recursos existentes nas donatarias, mas apenas poderiam passá-las a seus descendentes se estes pudessem manter a administração e os lucros das explorações e cultivos das terras concedidas.
Entre os anos de 1534 e 1536, as terras a leste da Linha de Tordesilhas (1494) e a oeste do Oceano Atlântico foram divididas em 15 lotes. A primeira seção da Capitania do Maranhão foi concedida a Aires da Cunha e João de Barros; a segunda seção a Fernando Álvarez de Andrade; Ceará a Antônio Cardoso de Barros; Rio Grande a João de Barros e Aires da Cunha; as donatarias de Itamaracá, Santo Amaro e Santana foram concedidas a Pero Lopes de Sousa, irmão de Martin Afonso de Souza, o qual recebeu a donataria de São Vicente; Pernambuco foi concedida a Duarte Coelho; Baía de Todos os Santos a Francisco Pereira Coutinho; Ilhéus a Jorge de Figueiredo Correa; Porto Seguro a Pero do Campo Tourinho; Espírito Santo a Vasco Fernandes Coutinho e São Tomé a Pero de Góis da Silveira.
Basicamente, os capitães donatários deveriam entregar à Coroa 10% dos lucros obtidos através da exploração colonial, além de ser responsável por recolher para a Coroa o quinto (20% de impostos sobre os metais preciosos extraídos na colônia). Entre seus direitos estariam a possibilidade de fundar vilas, conceder sesmarias e exercer a justiça na capitania. Além disso, poderia escravizar indígenas para uso como força de trabalho. Apesar dos privilégios dos donatários, a maior parte das capitanias fracassou. Dentre as razões para a falência da grande maioria podemos destacar: falta de recursos financeiros para a manutenção administrativa; inexperiência de grande parte dos donatários, pois alguns desconheciam totalmente a realidade colonial; falta de interesse por parte de alguns pela implantação de projetos a longo prazo; as precárias condições dos sistemas de comunicação e transporte e, especialmente, os conflitos que se desenvolveram em larga escala com as populações indígenas habitantes daquelas regiões.
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ESPERO TER AJUDADO :)
Resposta:As capitanias hereditárias foram criadas pelos portugueses e implantadas no Brasil em 1535. Consistiam basicamente na divisão do território português (estipulada pelo Tratado de Tordesilhas) em 15 faixas de terra, que seriam entregues a portugueses responsáveis pelo povoamento da capitania, além do seu desenvolvimento econômico. Esse modelo das capitanias foi utilizado pelos portugueses em algumas de suas ilhas atlânticas (Açores e Cabo Verde) e, como havia tido sucesso lá, os portugueses optaram por implantá-lo no Brasil.
O mapa tradicional das capitanias mostra quinze lotes de terra paralelos de norte a sul do Brasil do século XVI. No entanto, novos estudos sugeriram uma alteração na forma como se imaginava a divisão dos territórios da capitania.
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