Sociologia, perguntado por mariabheatriz7, 10 meses atrás

Por que Florestan Fernandes chamou a democracia racial brasileira, defendida pelo sociólogo Gilberto Freyre, de mito da democracia racial?​

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Respondido por emmilygabrielle89
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A democracia racial é um termo usado por algumas pessoas para descrever relações raciais no Brasil. O termo denota a crença de alguns estudiosos que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial. Estudiosos afirmam que os brasileiros não vêem uns aos outros através da lente da raça e não abrigam o preconceito racial em relação um ao outro. Por isso, enquanto a mobilidade social dos brasileiros pode ser limitada por vários fatores, gênero e classe incluído, a discriminação racial é considerada irrelevante (dentro dos limites do conceito da democracia racial).

O conceito foi apresentado inicialmente pelo sociólogo Gilberto Freyre, na sua obra Casa-Grande & Senzala, publicado em 1933. Embora Freyre jamais tenha usado este termo nesse seu trabalho, ele passou a adotá-lo em publicações posteriores, e suas teorias abriram o caminho para outros estudiosos popularizarem a ideia.
Respondido por duhimechan
9

Resposta:

Para Florestan Fernandes, de um lado o mito da

democracia racial teria consolidado a crença de

que a situação do negro se deve a sua própria

incapacidade de superar dificuldades sociais,

tais como o desemprego e a pobreza. Por outro

lado, o mito desresponsabiliza o branco e o

isenta (sobretudo os brancos da classe

dominante) dos efeitos da abolição e da

degradação da situação da comunidade negra

no Brasil. Fernandes sugeriu, entretanto, que o

mito da democracia racial poderia ser usado

como ponto de partida para a melhoria da

condição do negro na sociedade de classes,

desde que o pressuposto democrático seja

realmente alcançado. Salientou, assim, que a

luta em torno dessa questão deve ser levada a

cabo por negros e pardos.

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