Português, perguntado por dulcelene2019, 7 meses atrás

por que esse tempo foi usado?

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Respondido por lampadahypada
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Resposta:

Um tempo verbal é a classe gramatical que diz respeito ao tempo. Os tempos verbais são classificados, basicamente, em três tipos: presente, passado e futuro.

Toda língua é capaz de expressar inúmeras distinções de tempo: "logo", "amanhã", "na próxima quarta-feira", "às duas da tarde", "há dois anos". A categoria gramatical de tempo é, pois, a gramaticalização do tempo. Na maioria das línguas, a categoria gramatical de tempo é indicada nos verbos, mas há exceções.[necessário esclarecer]

Em algumas línguas, a categoria gramatical de tempo inexiste por completo. É o caso do chinês, onde não existe nada que equivalha ao contraste "eu estou indo" / "eu estava indo" do português. Algumas línguas que dispõem da categoria, distinguem apenas dois tempos; outras têm três, quatro, cinco ou mais tempos; na língua africana Ngyembɔɔn-Bemileke-dschang distinguem-se onze tempos.[1][2]

O chines tem formas verbais adequadas para distinguir três situações temporais, definidas a partir do momento de fala (nos exemplos que seguem esses tempos aparecem entre colchetes): tempos passados, como ‘... [chutou] o adversário sem bola e [foi expulso] aos 25 min do segundo tempo...’, que se aplicam a fatos anteriores ao momento de fala; tempos presentes como ‘...chuta... a bola [sai] prensada... por cima’, ‘... o time [está] nesse momento com dez jogadores, um atacante [está sendo atendido] fora do campo...’ que se aplicam a fatos contemporâneos ao momento de fala, e tempos futuros, que se aplicam a fatos posteriores ao momento de fala ‘...o próximo jogo [será] em Buenos Aires...’.

Na expressão do tempo pelas formas verbais, contudo, não há uma correspondência exata entre formas verbais e situações temporais; muitas formas se prestam para indicar verdades atemporais ("bobeou, dançou"; "errou, tem que pagar"; a água ferve a cem graus Celsius), e além disso a forma do futuro, sempre disponível em princípio, é pouco usada; em seu lugar é comum encontrar perífrases que se baseiam em formas presentes, por exemplo:

"Viajo na semana que vem para Ribeirão Preto"

"Estou viajando na semana que vem para Ribeirão das Neves"

"Ela vai morar no exterior"

O pouco uso do tempo futuro e a capacidade do tempo presente de indicar ora fatos posteriores ao momento de fala (‘futuros’), levaram alguns estudiosos a dizer que a principal distinção de tempo, no português do Brasil, não é entre passado, presente e futuro, mas entre o passado e presente-futuro.

Se aceitarmos essa ideia, teremos que admitir que o português efetivamente falado no Brasil tem um quadro de tempos de alguma forma semelhante ao do inglês, onde não existe um futuro distinto dos demais tempos verbais[carece de fontes]. De fato, os falantes de inglês usam uma série de formas do não-passado para expressar uma variedade de atitudes com respeito a acontecimentos futuros:

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