Por que Eric Maria Remarque não queria lutar na guerra?!
Me ajudem por favor!!!!!é urgente
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Resposta:
Apesar da escrita não apresentar muitos recursos estilísticos, posso dizer que representa com honestidade o pensamento de um simples soldado alemão, o narrador no qual Remarque projetou suas lembranças e sentimentos. Existiram momentos que prenderam muito minha atenção, mas houve alguns de monotonia. Parece que essas mudanças de ritmo ajudam a mostrar o que o soldado sente na linha de frente, no acampamento, no quartel, de volta ao lar.
Foi bem triste se despedir daquela turma de camaradas, ainda estou sentindo a tristeza e a melancolia da quebra de minhas expectativas esperançosas quanto ao final. Convocados para lutar na 1ª Guerra Mundial, são tão jovens que não tiveram tempo de construir um lar, uma profissão, uma família para a qual voltar, anulando assim suas perspectivas de futuro, pois o único conhecimento que tinham da vida era a morte. Estes meninos de 20 anos envelheceram ao sofrer humilhações no treinamento, passar fome, ferirem-se, perder membros e ver companheiros morrerem. Se tornaram tão íntimos e ligados entre si, que não havia mais individualidade ou vergonha e a família para a qual se queria voltar eram os companheiros do front.
No front é que ocorreu o verdadeiro aprendizado. Nada do ensinado na escola tinha serventia naquele contexto. O conceito de pátria ensinado pelos mestres exigia a renúncia completa da personalidade, mas aquela pátria não fazia sentido para eles, pois reconheciam que os seus "inimigos" eram tão miseráveis quanto eles e que as autoridades é que representavam o verdadeiro perigo.
Como sobrevivente, Remarque tenta extinguir a visão heroica e glamourosa da 1ª Guerra Mundial, ajudando a compreender que foi sobre as desilusões e misérias dessa geração perdida que o Partido Nazista se apoiou para ascender.