Biologia, perguntado por kayllanepx, 6 meses atrás

por que ,em geral,os vírus causam doenças?

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Respondido por NSMA
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Resposta:

Vírus são os menores parasitas, tipicamente variando 0,02 a 0,3 micrômetro, embora vários vírus muito grandes de até 1 micrômetro de comprimento (megavírus chilensis, pandoravírus) tenham sido descobertos recentemente. Vírus dependem completamente das células (bactérias, plantas ou animais) para se reproduzir. Os vírus têm uma cobertura externa de proteína e algumas vezes de lípidos, um núcleo de RNA ou DNA e, algumas vezes, as enzimas necessárias para as primeiras etapas da replicação viral.

Os vírus são principalmente classificados de acordo com a natureza e estrutura dos seus genomas e seus métodos de replicação, não de acordo com as doenças que eles causam. Assim, há vírus de DNA e vírus de RNA; cada tipo pode conter material genético de fita simples ou dupla. Os vírus de RNA de fita simples são divididos naqueles com RNA de senso (+) e senso (-). Os vírus de DNA tipicamente se replicam no núcleo da célula hospedeira e os vírus de RNA normalmente se replicam no citoplasma. Mas alguns vírus de RNA de fita simples e senso (+), denominados retrovírus, usam um método muito diferente de replicação.

Os retrovírus usam a transcrição reversa para criar uma cópia de DNA de fita dupla (um pró-vírus) do seu genoma RNA, que é inserida no genoma da sua célula hospedeira. A transcrição reversa é realizada por meio da enzima de transcriptase reversa, que o vírus transporta com ele dentro de seu invólucro. Exemplos de retrovírus são os vírus da imunodeficiência humana e os vírus da leucemia de células T humanas. Depois que o pró-vírus está integrado ao DNA da célula hospedeira, ele normalmente é transcrito utilizando mecanismos celulares típicos para produzir as proteínas virais e o material genético. Se a célula infectada pertencer à linhagem germinativa, o pró-vírus integrado pode ser estabelecido como um retrovírus endógeno que é transmitido para a descendência.

O sequenciamento do genoma humano revelou que pelo menos 1% do genoma humano consiste em sequências retrovirais endógenas, representando encontros anteriores com retrovírus durante o curso da evolução humana. Alguns retrovírus humanos endógenos permaneceram transcricionalmente ativos e produzem proteínas funcionais (p. ex., as sincitinas que contribuem para a estrutura da placenta humana). Alguns especialistas supõem que algumas doenças de etiologia incerta, como a esclerose múltipla, certas doenças autoimunes e vários tipos de câncer, possam ser causadas por retrovírus endógenos.

Como a transcrição do RNA não envolve os mesmos mecanismos de verificação de erros que a transcrição do DNA, os vírus de RNA, sobretudo os retrovírus, são especialmente propensos a mutações.

Para que a infecção ocorra, o vírus primeiramente ataca a célula do hospedeiro em um ou em um das várias moléculas receptoras na superfície celular. O DNA ou o RNA viral, então, separa-se da camada externa (desencapsulamento) e reproduz-se dentro da célula hospedeira, em um processo que requer enzimas específicas. Os componentes virais recém-sintetizados então formam uma partícula viral completa. A célula hospedeira geralmente morre, liberando novos vírus que infectam outras células hospedeiras. Cada passo da replicação viral recruta diferentes enzimas e substratos e oferece uma oportunidade de interferir no processo da infecção.

As consequências de uma infecção viral variam consideravelmente. Muitas infecções causam doença grave após um breve período de incubação, mas algumas são assintomáticas ou provocam sintomas leves que talvez não possam ser reconhecidos, exceto em retrospecto. Muitas infecções virais são eliminadas pelas defesas do organismo, mas algumas permanecem em estado latente, e algumas causam doença crônica.

Nas infecções latentes, o RNA ou o DNA viral permanece nas células hospedeiras, mas não se replica nem causa doenças por muito tempo, algumas vezes por muitos anos. Infecções virais latentes podem ser transmissíveis durante o período assintomático, facilitando o contágio de pessoa para pessoa. Às vezes, um deflagrador (particularmente, a imunossupressão) provoca reativação.

Explicação:

SE TA CERTA SLA, SO COMFIA NA MAE

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