Por que devemos migrar nossos serviços de ipv4 para ipv6?
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O IP, ou Internet Protocol, é um endereço único que diferencia cada dispositivo conectado à internet. A ideia de criar o IPv6 surgiu a partir da necessidade de proporcionar mais serviços a cada vez mais pessoas e máquinas, através de cada vez mais dispositivos. O IPv4, tecnologia anterior ao IPv6, possui 4.294.967.296 de endereços únicos que já não são suficientes para o cenário atual. Com isso em mente, surge uma pergunta: os CIOs das empresas devem se preocupar com essa situação? Na verdade, não tanto. Isso porque especialistas acreditam que a coexistência das duas tecnologias, IPv4 e IPv6, será uma realidade por alguns anos. No entanto, eles também apontam que a escassez de novos endereços IPv4 deverá acontecer muito antes do esperado. Nesse cenário, esses mesmos especialistas indicam que se a migração para o IPv6 não está nos planos da empresa, é melhor colocá-la. Para eles, a migração para o IPv6 deve ser encarada como uma oportunidade de inovar: migrar para a nova tecnologia permitirá reformular toda a infraestrutura de TI, o que possibilitará uma análise criteriosa do seu estado atual. Estamos em uma área com elevados níveis de inovação. Por isso, existem novas formas, mais eficientes, de fazer o que se faz hoje em dia, e, mais importante, que permitem fazer coisas novas. As possibilidades são imensas. A migração para o IPv6 é um caminho que não se pode deixar de fazer e quanto mais planejamento para essa migração, melhor. É interessante que o CIO desafie seu fornecedor de TI para encontrar soluções que atendam às necessidades da companhia em todo processo para que nada de errado aconteça.
Diante do esgotamento do IPv6, não há razões para os provedores de internet postergarem a implantação da nova versão do protocolo Internet. Adotado por muitas empresas, o compartilhamento de IP por meio do CGNAT, do inglês carrier-grade NAT (Network address translation), usado por muitas empresas para evitar a mudança é apenas uma medida paliativa, advertem especialistas.
O estoque de endereços IPv4 não alocados na região do LACNIC — América Latina e Caribe acabou no dia 10 de junho 2014, três anos após a Ásia e quase dois anos após a Europa. Isto significa que o estoque chegou ao limite de aproximadamente 4 milhões de endereços livres. No entanto, na prática, para os provedores de internet de grande porte, os endereços IPv4 acabaram, pois os lotes restantes são insuficientes para a demanda deles. Já para os menores provedores, há uma sobrevida, porque para muitos um lote de mil IPs é satisfatório.