Por que cidadania não é universal?
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Resposta:
Em sua obra sobre a Política, Aristóteles constrói ideias importantes para pensar a origem e sentido dessa palavra. Pólis em grego representa a cidade, o mesmo que Civitas no romano, que significa condição de cidadão. Sua expressão anthropos physei politikon zoon (o homem é por natureza um animal político) aparece em algumas traduções como “o homem é um animal civil”. Em qualquer caso, política e cidadão se refere à participação do indivíduo na vida da cidade, aqui vista como o paradigma máximo da sociabilidade (subsumindo outros agrupamentos humanos, como os bairros e as famílias). Ser da Pólis significa, através da ação (praxis) e da comunicação ou discurso (lexis), agrupar-se, associar-se com as outras pessoas, formar teias de relações em que de alguma maneira todos participam na solução dos problemas comuns. Hannah Arendt (2007, p. 33), analisando Aristóteles e citando a Paideia de Werner Jaeger, diz que:
O surgimento da cidade-estado significava que o homem recebera, “além de sua vida privada, uma espécie de segunda vida, o seu bios politikos. Agora cada cidadão pertence a duas ordens de existência; e há uma grande diferença em sua vida entre aquilo que lhe é próprio (idion) e o que é comum (koinon)”.
Explicação:
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