por que Canudos foi destruído?
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Para os sertanejos, o arraial era a “terra prometida”. Para os padres que perdiam seus fiéis, e para os grandes proprietários de terra que perdiam seus trabalhadores, era um “reduto de fanáticos” que devia ser destruído.
Padres e coronéis pressionaram o governador do estado da Bahia, que enviou duas expedições militares. Os soldados foram vencidos pelos homens de Conselheiro que empregavam as táticas da emboscada e da luta corpo a corpo.
O vice-presidente Manuel Vitorino, que ocupava naquele momento a presidência como substituto de Prudente de Moraes, enviou a terceira expedição, comandada pelo coronel Moreira César. Para o governo era uma questão de honra militar e nacional combater os “fanáticos”. Contudo essa expedição foi derrotada e o comandante morto em combate.
As sucessivas derrotas militares se explicavam pelo fato da grande maioria dos soldados desconhecerem a região da caatinga, tão familiar ao povo de Canudos. Além disso, os homens do Conselheiro lutavam pela sobrevivência e pela salvação da alma, acreditando que aquela era uma guerra santa.
No Rio de Janeiro, a oposição acusava o presidente de fraqueza na repressão ao movimento, considerado por muitos como monarquista.
Prudente de Moraes ordenou ao ministro da Guerra, marechal Bittencout, que embarcasse para a Bahia e assumisse o controle direto das operações. Foi então organizada nova expedição, com mais de 5000 homens sob o comando do general Artur Oscar, com a ordem de destruir Canudos.
Após intenso bombardeio de canhão, a missão foi cumprida. Canudos foi totalmente destruído em 5 de outubro de 1897. As tropas oficiais não fizeram prisioneiros. Milhares de camponeses e soldados morreram no conflito.