Por que atuar como fornecedora de produtos primários são um risco para a América Latina
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A ex-presidente Dilma Rousseff e parte dos economistas associam com frequência a queda no preço das commodities nos com a recessão que o Brasil atravessou entre 2014 e 2016. Nem todo mundo concorda que o cenário externo foi o principal motivo da crise, mas ninguém nega o impacto da queda mundial da demanda por produtos primários na economia brasileira naquele período. É um impacto que volta a ser sentido em 2020 e 2021, no governo do presidente Jair Bolsonaro, mas dessa vez de forma positiva, com uma nova alta do preço.
As commodities representavam 65% do valor das exportações brasileiras, segundo levantamento de 2014 da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). As dez primeiras posições no ranking do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) de produtos mais exportados são ocupadas por commodities, como soja, minério de ferro, petróleo, frango e açúcar.
A diminuição nos preços das commodities começou em 2011 e coincide com o início da desaceleração da economia chinesa, assim como a retomada da alta do preço, em 2020 e 2021, está associada à recuperação das grandes potências, como China e EUA, após o impacto da pandemia da covid-19 na economia. Como o Brasil exporta bem mais do que importa deste tipo de produto, quanto menor o preço, pior para o país. Abaixo, o Nexo explica o que são commodities, como são negociadas e qual o peso delas na economia brasileira.